quarta-feira, 22 de julho de 2015

COM APENAS 17 ANOS, ESTUDANTE É APROVADO EM SEGUNDO LUGAR NO CONCURSO DO TER


Ianh Coutinho tem 17 anos, está matriculado no terceiro semestre do curso de direito e foi aprovado em segundo lugar no concurso do Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TER/RR). O jovem, que só completará 18 anos em setembro, assumirá o cargo de técnico judiciário, com salário de R$ 5.425,79.

O concurso ainda não foi homologado, mas Ianh teme que o órgão possa barrar a posse no cargo público caso ele não tenha a idade solicitada no edital. Apesar de ser emancipado, o garoto está pronto para uma briga judicial, se necessária. “Quando entrei na universidade, tinha 16 anos e também precisei recorrer à Justiça para conseguir a autorização”, lembra, em entrevista ao Correio.

Foram quatro meses de dedicação exclusiva ao edital. Período em que abriu mão de festas para estudar, aproximadamente, 8 horas por dia. Ainda assim, Ianh faz questão de ressaltar: “Não tinha expectativa nenhuma de aprovação. Tanto é que só fiz o concurso para ganhar experiência. Não sofri com pressão interna ou por parte da minha família. Acho que isso foi essencial para manter a calma na prova”, relata.

Ianh parece assimilar com tranquilidade a conquista e, mesmo sabendo que passará a receber mais de R$ 5 mil mensais, atualmente, faz dois estágios e sabe que terá de encarar mais três anos de universidade. Assim como um professor recomendou, ele acredita que para alcançar uma meta é preciso motivação. “Penso que abdiquei de um momento da minha adolescência para garantir um futuro melhor e confortável. As pessoas têm que pensar no que vão ganhar e não no que estão perdendo”, aconselha.

O jovem não pretende se acomodar no primeiro cargo público que conseguiu. O foco agora é se estabelecer no novo emprego, mas descobrir na própria experiência qual carreira jurídica mais o agrada. “Penso em promotoria ou defensoria. Mas não quero magistratura. Não tenho ambição de trabalhar tanto quanto os juízes, mesmo ganhando muito bem. É muita responsabilidade”, argumenta.

Fonte: Diário de Pernambuco.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário