sexta-feira, 14 de agosto de 2015

OPORTUNIDADE DIÁRIA - REFLEXÃO


Narra uma lenda chinesa que às margens de um imenso rio, vivia um pescador muito pobre.

Mal o rosto dourado da manhã se abria em sorrisos e as mãos brincalhona  da brisa matinal começavam a espalhar perfumes, ele se levantava e seguia para o rio.

As aves voavam pelos ramos das árvores, em gorjeios animadores. Mas nada disso animava Vicente, o pescador. Ele andava lento, depois de se levantar com preguiça. Com má vontade, naquela manhã, como em tantas outras ele pegou suas redes de pesca, os apetrechos necessários e foi para o barco.

Tomou café matinal sem prestar atenção ao pão que fora servido, com carinho.
O dia prometia ser maravilhoso. A mãe natureza se esmerava em preparar um detalhe diferente, para que a reprise do dia anterior não fosse total. Um detalhe, afinal, é sempre muito importante.

Mas Vicente nada via. Foi resmungando para o barco. Sentou-se meio a contra gosto e sempre reclamando e sentiu alguma coisa no chão. Sem olhar apalpou com a mão direita e encontrou uma sacolinha com pedras miúdas.

Distraído, sem ânimo para iniciar o trabalho da pesca, começou a jogar as pequenas pedras no rio, aguardando a chegada do sol.

Jogou uma a uma, divertindo-se com as ondulações que se desenhavam nas superfícies das águas.

Finalmente, o sol apareceu soberano, rasgando a escuridão da noite, com o seu punhal de luz.

Agora havia calor e muita luminosidade. O novo dia abriu seu manto de belezas para que todos o pudessem ver.

Vicente ao pegar a última pedra, verificou que ela cintilava, refletindo os raios do sol. Examinando melhor, verificou que se tratava de um diamante, explodindo claridade e beleza.

Levantou-se e sacudiu a sacolinha. Estava vazia. Dando-se conta que jogara no rio uma imensa riqueza, Vicente se pôs a gritar, esbravejar, acusando todas as pessoas e mundo por sua desgraça.

Sentia-se infeliz e amargurado. Perdera um grande tesouro. Jogara tudo no rio.
E enquanto gritava e se desesperava nem se deu conta de que ainda possuía nas mãos a última pedra preciosa.

Quantas  vezes perdemos uma boa oportunidade por achar que não vale a pena tentar.
 

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