domingo, 25 de agosto de 2013

SUCATA SE TRANSFORMA EM ROBÔ NA ESCOLA JOSÉ LEITE BARROS



Peças de celulares, computadores e impressoras são utilizados como matéria-prima dos protótipos.

Lixo eletrônico está virando robô nas mãos de estudantes da Escola de Referência em Ensino Médio (EREM) José Leite Barros, de Tacaimbó, no Agreste de Pernambuco. O trabalho começou em 2012 e já está chamando atenção nas feiras e eventos de Ciência e Tecnologia por onde passa.  


O grupo de robótica envolve 15 alunos com idades entre 14 e 17 anos sob a orientação do professor de Física e Química, Edilson Moura. Em menos de um ano, o grupo já montou protótipos que ajudam os estudantes a compreenderem fenômenos da natureza, como a gravidade, e outros que trazem inovações no campo da ciência. O mais destacado é o Robô Caipira. “Escolhemos esse nome simplesmente porque foi feito de modo totalmente artesanal por gente do campo, como nós”, explica o professor. As peças para a construção dos protótipos são garimpadas em oficinas e lojas que fazem o recondicionamento de computadores.

Concebido com peças de celulares, placas de computadores, impressoras e roteadores, o robô tem a função de captar imagens e sons em lugares aonde o homem dificilmente chega, como escombros de um acidente, ou até cavernas. Os sinais podem ser transmitidos para uma central via satélite. Por isso, o robô não deve medir mais do que 40 centímetros. “Matérias como Física, Química e Matemática são tidas pelos alunos como um ‘bicho-papão’. Queremos dar esse estímulo prático de que eles precisam”. Destaca o professor. 

Guilherme Vieira, 16 anos, estudante do 3º ano do ensino médio, é um dos mais entusiasmados com a robótica. “Fazer o robô exige conhecimento de equações de Matemática e Física, de baterias e soluções em Química, e até de Inglês para a pesquisa. Então o resultado está sendo ótimo. Até as notas subiram”, afirma o aluno. 

O grupo participou da reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), onde se apresentaram no stand Expo T&C, junto a outras escolas da rede estadual que desenvolvem trabalhos em robótica. De acordo com o professor Edilson Moura, a participação no stand é um “reconhecimento pelo trabalho realizado”. Agora, os estudantes se preparam para mostrar o trabalho em três competições que acontecem simultaneamente em Fortaleza, entre 16 e 20 de outubro: a Olimpíada Brasileira de Robótica, a Mostra Nacional de Robótica, e a Competição Brasileira de Robótica. 

Fonte: Secretaria Estadual de Educação - PE






 

Nenhum comentário:

Postar um comentário