segunda-feira, 16 de março de 2015

A JOIA PERDIDA - REFLEXÃO



Atravessando o deserto, um viajante viu um árabe montado ao pé de uma palmeira. A pouca distância repousavam os seus cavalos, pesadamente carregados com valiosos objetos.

Aproximou-se dele e disse:

— Pareceis muito preocupado.
Posso ajudar-vos em alguma coisa?

— Ah! – respondeu o árabe com tristeza – estou muito aflito, porque acabo de perder a mais preciosa de todas as joias.

— Que joia era essa? – perguntou o viajante.
 
— Era uma joia como jamais haverá outra – respondeu o seu interlocutor.
Estava talhada num pedaço de pedra da vida e tinha sido feita na oficina do tempo.
Adornavam-na vinte e quatro brilhantes, em volta dos quais agrupavam-se sessenta menores.



Já vereis que tenho razão em dizer que joia igual jamais poderá reproduzir-se.


— Por minha fé – disse o viajante – a vossa joia devia ser preciosa. Mas não será possível que, com muito dinheiro, se possa fazer outra igual?

Voltando a ficar pensativo, o árabe respondeu:

— A joia perdida era um dia, e um dia que se perde jamais se torna a encontrar.

(Autor desconhecido)

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