Nós somos como a vida das
árvores, passamos por estações e momentos. Existe tempo para nos recolhermos,
fazermos um balanço e juntando forças para mais adiante para o próximo passo.
É como a chuva, que cai
fina, molhando nossos corpos, nos alimentando, lavando nossa alma... E como
precisamos dela, nós e as árvores...
As árvores são assim elas
perdem as folhas e se acomodam, pois passarão por longos períodos sem movimento
externo, porque elas somente crescem no verão. Cada instante é uma espera do
momento seguinte, e logo vem à primavera aonde nós e as árvores florescemos.
Abrimos nossos corações
para deixar a vida sair e assim nos despimos de nossas camadas desnecessárias
que já cumpriram seu papel no grande esquema da vida. As árvores nessa etapa
mudam de casca para sua renovação.
Passamos por várias
estações, várias metamorfoses até nos tornarmos inteiros. Peço sempre à
divindade para que meus verões sejam ricos em frutos e que minhas sementes
possam germinar sadias no canteiro da existência e que no outono seguinte eu
esteja muito mais forte, compreendendo cada ritmo, cada etapa e me sentindo
triunfante e grata naquilo que chamo de vida.
Texto de Elisete Franham
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