ANVISA APROVA REDUÇÃO DO LIMITE DE
IODO NO SAL
Há indícios de que o consumo excessivo da substância possa aumentar os casos de tireoidite de Hashimoto, doença autoimune que causa fadiga crônica, cansaço fácil e ganho de peso.
Há indícios de que o consumo excessivo da substância possa aumentar os casos de tireoidite de Hashimoto, doença autoimune que causa fadiga crônica, cansaço fácil e ganho de peso.
A Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta terça-feira (16) resolução que
reduz os limites de iodo adicionados no sal de consumo humano. De acordo com a
agência reguladora, há indícios de que o consumo excessivo da substância possa
aumentar os casos de tireoidite de Hashimoto, doença autoimune que tem entre
seus principais sintomas fadiga crônica, cansaço fácil e ganho de peso.
A norma vigente
fixa uma faixa entre 20 miligramas (mg) e 60 mg de iodo para cada quilo de sal.
Com a nova resolução, a faixa de adição de iodo no sal permitida fica entre 15
mg e 45 mg. O tema entrou em consulta pública em 2011. De acordo com a gerente
geral de alimentos da Anvisa, Denise Rezende, cerca de 93% das marcas avaliadas
pela agência cumprem a nova norma.
Para José Agenor Álvares da Silva, relator do
processo, a medida não vai ter impacto no sistema produtivo. A norma ainda vai
ser publicada no Diário Oficial da União e trará o cronograma a ser cumprido
pelos fabricantes.
Os limites de
adição de iodo no sal recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS)
ficam entre 20 mg e 40 mg para países em que a população consume uma média de
10 gramas de sal por dia. Dados do Ministério da Saúde indicam que o brasileiro
consome 9,6 gramas de sal diariamente, mas o consumo total pode chegar a 12
gramas quando levado em consideração alimentos processados e consumidos fora de
casa.
De acordo com a
Anvisa, o processo de iodação do sal é uma medida adotada em todo o mundo com o
objetivo de prevenir distúrbios por deficiência de iodo (DDI), que incluem
retardo mental grave e irreversível e surdo-mudez em crianças, anomalias
congênitas e bócio.
Aline Leal Repórter da Agência Brasil, em Brasília
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