A vida vai dando devagar. Vai-nos ensinando a cair e a superar as quedas.
A vida obriga-nos a lutar até naquele momento que nos parece sem valor e quando nos parece que tudo nos vai derrotar a vida apresenta-nos a sua cartada final.
A vida traz-nos quem sempre nos pertenceu. Planta amor onde só entrava dor. Faz-nos perceber que é fácil amar quando o amor é verdadeiro.
O que nos faz felizes é tão pouco e sempre dado pela pessoa certa. Os acasos não existem, mas há pessoas que nos pertencem para além do tempo e de quem somos.
Eu fui fazendo as minhas escolhas!
Fui pondo e tirando pequenos nadas da minha vida. Tentei apagar dores e ignorar sofrimentos. Pensei em cultivar sentimentos nos campos sem cor que ia pisando sem ver onde punha os pés.
Escolhi ser diferente do que sentia, para me enganar a mim mesma, dizendo que era o mundo que me mentia.
Fiz escolhas erradas e, por vezes, errei por não querer escolher!
Eu escolhi deixar acontecer, muitas vezes por ter receio de lutar.
E quando lutei com intenção de não ganhar a vida mostrou-me que sempre seria ela a mandar. Sempre seria ela a decidir os momentos e não eu. Ela decidia e eu teria que viver.
Mas, nem tudo é fácil e as realidades não nascem já adultas. Os grandes sentimentos nascem crianças. Começam por serem sonhos até que aprendem a caminhar, mas eles não deixam nunca de ser grandes amores, porque são riquezas que a vida guarda para nós.
( Angela Caboz )
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