quinta-feira, 7 de março de 2024

A CASA DO TEMPO PERDIDO

Bati no portão do tempo perdido, ninguém atendeu. Bati segunda vez e mais outra e mais outra. Resposta nenhuma. A casa do tempo perdido está coberta de hera pela metade; a outra metade são cinzas. Casa onde não mora ninguém, e eu batendo e chamando pela dor de chamar e não ser escutado. Simplesmente bater. O eco devolve minha ânsia de entreabrir esses passos gelados. A noite e o dia se confundem no esperar, no bater e bater. O tempo perdido certamente não existe. É o casarão vazio e condenado. ( desconheço o autor )

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