quarta-feira, 15 de abril de 2020

AJUDANDO NOSSOS FILHOS A SUPERAR SEUS MEDOS


A primeira pedra para educar nossos filhos é SER, incarnar a presença  consciente do EU PROFUNDO em nossas ações.
A segunda pedra é a LIBERDADE, para abrir o campo da experimentação  na vida e dar a nossos filhos a oportunidade de se expressarem  plenamente!
A terceira pedra fundamental da educação é o ACOMPANHAMENTO.

Uma criança livre e deixada por si mesma não tem a maioria das vezes a maturidade suficiente para entender seus próprios processos internos assim como os processos  externos da sociedade em que vivemos.

 Vivemos em um mundo de dualidade, há o bem e o mal, o amor e o medo.  Isso fora, como dentro de nós. Este trabalho de observação interior que fazemos como adultos, podemos ensinar aos nossos filhos desde a tenra idade, porque na verdade é o caminho para o autoconhecimento, a verdadeira inteligência.

Certos comportamentos dos nossos filhos podem nos desagradar, mas não devemos os julgar. Observemos nossos filhos para entender o processo evolutivo deles. Se reagem  com medo a determinadas situações (escuridão a noite, ausência da mãe etc.), estão  expressando sua necessidade de segurança. Em vez de reagir negativamente julgando a  criança :
– “Não tenha medo, não adianta chorar”
– “Você é um menino grande, os meninos não choram”
  “Seja a boa menina da sua mãe, não chore!”

Podemos acolher com calma o medo e a necessidade deles e ajudá-los a entender a razão subjacente do medo que eles sentem. Ao colocar palavras em suas emoções, a  criança pode finalmente se distanciar do ciclo emocional e reconhecer o sentimento  que passou por ela:
– Você quer um pouco de luz porque não se sente bem no escuro.
– Você gosta quando estou perto de você, isso te tranquiliza.

 Os pais e educadores devem estar cientes que cada indivíduo tem seu  próprio tempo. A criança vai liberar esses medos quando se sentir pronto. Estamos aqui como adulto maduro e consciente para acompanhá-la com benevolência e paciência neste caminho  interior. E assim conseguimos orientar nosso filho no caminho do autoconhecimento, pouco  a pouco.

Texto de Marianne Joint




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