No domingo de
carnaval ela estava tão feliz.
Era tanta
felicidade que não cabia dentro dela.
Seu rosto lindo
brilhava mais que o sol ao meio dia.
A lua
escondeu-se envergonhada.
E ela refugia
absoluta na avenida.
Nos pés a
herança de um passado remotamente possível
De descendência
negra.
Não sei de onde
vem esse swing, essa coisa de bamba,
De roda de
samba, de amor ao carnaval.
Só sei que ela
cintilava, faiscava, esbanjava
Toda sua beleza
e simpatia na avenida.
Nesse momento
meu coração abriu-se
E de uma vez
por todas entendi
Que o samba é
algo que corre em suas veias.
E que é
impossível ignorar.
Não é justo com
tamanha paixão.
Há quanto foi
contida?
E agora num
lampejo do destino
Desaguou numa
avalanche incontrolável de felicidade.
Congratulo-me
por tê-la deixado desfilar.
E juro, que se
soubesse disso antes,
já teria tomado
uma providencia.
Agora queria
saber mais coisas que a faça feliz assim.
Se houvesse, se
eu soubesse juro que daria a ela.
Só pra ver esse
rosto tão envolto em terno esplendor
Magicamente
transformado em pura alegria.
Se soubesse,
juro que faria o que fosse preciso,
Para vê-la
assim novamente
No dia a dia,
por todo o sempre.
Amém!
Fabricio
Canalis
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