Quando eu era criança e pegava uma tangerina para descascar,
corria para meu pai e pedia: "Pai, começa o começo”!
O que eu queria era que
ele fizesse o primeiro rasgo na casca, o mais difícil e resistente para as
minhas pequenas mãos. Depois, sorridente, ele sempre acabava descascando toda a
fruta para mim. Mas, outras vezes, eu mesmo tirava o restante da casca a partir
daquele primeiro rasgo providencial que ele havia feito.
Não sou mais criança. E muitas vezes fico tão perdido sem saber pra quem pedir pra
pelo menos, “começar o começo” de tantas cascas duras que encontro pelo
caminho.
Hoje, minhas “tangerinas” são outras. Preciso “descascar” as
dificuldades do trabalho, os problemas no núcleo familiar, o esforço diário
para fazer tudo certo, para não decepcionar as pessoas que me amam, as dúvidas
e conflitos que nos afligem diante de decisões e desafios.
Em certas ocasiões, minhas tangerinas transformam-se em enormes
abacaxis… Lembro-me, então, que a segurança de ser atendido pelo papai quando
lhe pedia para “começar o começo” era o que me dava a certeza que conseguiria
chegar até ao último pedacinho da casca e saborear a fruta.
Quando a vida parecer muito grossa e difícil, como a casca de
uma tangerina para as mãos frágeis de uma criança, lembremo-nos de suplicar o
auxílio Divino.
Ele não só “começará o começo”, mas resolverá toda a situação
para você. Não sei que tipo de dificuldade eu e você encontraremos pela frente.
Sei apenas que vou me garantir no Amor Eterno de Deus para pedir, sempre que
for preciso: “Pai, começa o começo!”.
O abraço e o beijo fazem a criança se sentir queridos e
consolidam a segurança e o amor. Demonstrarmos a confiança de que somos
constantemente amparados por Deus oferece aos filhos um caminho para a
construção da fé.
Todo o carinho e afeto demonstrados pelos pais aos filhos,
durante a infância, se transformarão em direcionamento seguro e formarão base
sólida para o enfrentamento das dificuldades na vida adulta.
(Desconheço
a autoria)
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