sexta-feira, 31 de março de 2023

UM DIA VOCÊ VERÁ - REFLEXÃO

Um dia você vai ver que não valeu a pena tanta correria, para ganhar dinheiro e não usufruir. Vai ver que o tempo passou e o cansaço tomou conta de seu corpo. Vai ver que, mesmo rodeado de muita gente, você se sente só. Um dia você vai se recolher ao seu quarto, e tiver vontade de abraçar o travesseiro, porque não sobrou ninguém pra abraçar. Vai ver que, entrando numa roda viva, você não é mais dono do tempo que dizem que é seu, e que não pode cedê-lo a qualquer um. Vai ver que o carro já está se tornando um problema, e não um conforto. O telefone é chato, a gravata incomoda. Por mais que tente se livrar de tudo, é um escravo, e ainda assim invejado por muitos. Vai ver que não valeu a pena os anos sem férias, sem descanso. Vai ver que não tem mais ilusões, e a esperança anda com vontade de dormir. Um dia você vai ver que passou pela vida sem viver. Frequentou o mundo sem saber por quê. Rodou, rodou, e não saiu do lugar. Pensou que foi, mas ficou. Teve tudo e não sentiu nada. Um dia você verá que o tempo escoa tão rápido, como a areia fina pelos seus dedos. Vai ver que resta parar e gritar de cima de um edifício: “Chega!”. Vai ver que é hora de sorrir, de amar, de ser da família, de misturar-se com as crianças e dar a mão ao próximo. Antes que seja tarde demais. ( Cristina Conde )

ESTOU DE BEM COM A VIDA

Tô me aproximando de tudo que me faz completo, me faz feliz e que me quer bem. Tô aproveitando tudo de bom que essa nossa vida tem. Tô me dedicando de verdade pra agradar outro alguém. Tô trazendo pra perto de mim quem eu gosto e quem gosta de mim também. Ultimamente eu só tô querendo ver o ‘bom’ que todo mundo tem. Relaxa, respira, se irritar é bom pra quem? Supera, suporta, entenda: isento de problemas eu não conheço ninguém. Queira viver, viver melhor, viver sorrindo e até os cem. Tô feliz, tô despreocupado, com a vida eu tô de bem. (Caio F. de Abreu )

quinta-feira, 30 de março de 2023

UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

E, se mais tarde, quando o tempo romper e meus olhos acinzentarem, me perguntarem o que eu vi da vida, assim direi: eu vi dias de chuva e de sol, e estive em paz em todos eles, porque carreguei comigo a serenidade colhida nas horas. Eu senti tristeza, ao ver amigos partindo, mas meu coração se renovou com a chegada de tantos outros. Eu vi muito sol se levantando, a paisagem se modificando no ritmo das estações, e fui me transformando junto com ela, me quebrando e me refazendo, até conseguir me achar. Eu vi crianças brincando, como se a vida fosse uma eterna ciranda, onde a gente aprende girando, sorrindo e, muitas vezes, chorando, que é mais forte quem tem uma mão pra segurar. E de tantas coisas que eu vi, carreguei comigo a alegria dos lugares por onde andei e a vagarosa saudade que levei. Tantos risos bobos que fizeram minha alma dançar! O café fresco, acompanhante fiel de uma conversa boa (dessas que varam a tarde e a gente nem percebe), o colo da mãe, ninho para o qual a gente sempre quer voltar, o abraço que traduz uma vida, sem nada dizer, os dias de inverno, a chuva fazendo canção, os varais, os quintais, o silêncio da noite e a sinfonia das manhãs. E o que eu não vi, também fez sentido pra mim, porque o que faz real diferença na vida são as pequenices, as miudezas, as coisas bobas que passam despercebidas, mas vão transformando o lugar, floreando o chão pra gente passar. ( Eunice Ramos )

CONHECIMENTO DE SI MESMA

Sei dos meus sentimentos, de meus instantes, de meus limites, dos conflitos internos, dos fardos pesados, do espaço que ocupo. Sei dos meus ganhos e minhas perdas. Da intensidade de minh'alma, dos enganos, das ilusões e desilusões, das sombras que perseguem e das que se escondem. Da luz que brilha e mostra outros caminhos. Sei do Amor, do dissabor, da recepção e do abandono. Da vida real e suas fantasias. Sei de minha fragilidade e da minha força. Do gosto do fel e do mel. Defino cada palavra que tortura das que atraem e traem. Conheço cada palavra que guardo em um barulhento silêncio. ( Cassia M Alves )

quarta-feira, 29 de março de 2023

OS CAMINHOS PODEM MUDAR - REFLEXÃO

Às vezes demoramos muito para achar nosso caminho. Ele é certo quando por fim encontramos a paz na alma. Olhamos para trás e vemos o longo caminho percorrido. Paramos de brigar com a vida. Olhamos para nossa alma cansada, sofrida, mas feliz. Feliz de não se perder, mas de si, de no fim ter se encontrado. O gosto de vida na boca, a alma serena e feliz. O passado ficou para trás. E assim na sutileza da vida você tece os fios mágicos que encantam tua alma. Consciente que toda ferida fecha, que toda tristeza cura. Que erros existem, mas os caminhos podem ser mudados sempre. Que só você sabe o que te traz paz e segue dia-dia em busca dela. E essa felicidade de levar a vida assim com leveza não tem preço mesmo. Descobre tuas verdades e teus segredos e percebe que neles moram tua paz. ( Ane Barros )

CONSCIÊNCIA TRANQUILA - REFLEXÃO

Quando somos sinceros, honestos e leais dormimos de consciência tranquila. Amamos com o coração, com a alma, com os olhares e as atitudes. Estou muito longe de ser perfeita, mas sei onde erro e passo a passo vou atenuando o erro e dando outra forma às atitudes. Detesto mentiras e tenho olfato para elas, mas guardo-as para mim, pois não gosto de explodir, prefiro deixar as pessoas na ignorância da minha inteligência. Acho que me habituei a preferir que as pessoas olhem para mim como parva e de parva tenho tão pouco . Sou calma, mas gosto de saber o chão que piso, dá muita importância à sensação de segurança e estabilidade, sem isso viro bicho, viro mesmo, não me consigo suportar. O bom desta vida é podermos conhecer o nosso próprio ser, e especialmente melhorar por nós. Prefiro a minha verdade e sinceridade à mentira por menor que seja, porque mentira será sempre mentira, ( Desconheço o autor )

terça-feira, 28 de março de 2023

MEMÓRIAS – REFLEXÃO

Já fui menina. Já andei à chuva. Pisei poças de água, como quem salta sobre um riacho. Subi às árvores. Andei descalça sobre a relva. Senti o cheiro a terra molhada, depois da primeira chuvada. Deliciei-me com o perfume das flores, numa manhã de Primavera. E foram todos esses pequenos momentos mágicos que deram cor aos meus primeiros anos de vida e aos meus sonhos. Tão feliz que eu era. Não percebia a importância das horas. Não precisava de relógios. O tempo era o que o meu coração queria. Um abraço poderia demorar uma hora e um beijo uma eternidade. O dinheiro era fantasia para adultos. Eu comprava tudo o que a vida podia ter apenas com os meus sonhos. A única moeda de troca que conhecia eram os sorrisos de quem me dava felicidade, a qualquer hora do dia. Emprestava ilusões e cobrava carinho. Era feliz apenas com um vestido de folhos. Gostava de me fantasiar com o casaco da minha mãe, que me chegava aos pés. O mundo dos adultos era mesmo só uma fantasia que eu gostava de usar. Era feliz, sem saber o que era a felicidade. O guarda-chuva era um brinquedo. A chuva, uma diversão. A vida emprestava sorrisos nesse tempo. ( Angela Caboz )