sábado, 9 de abril de 2022

O TEMPO PASSOU E ME FORMEI EM SOLIDÃÓ

Sou do tempo em que ainda se faziam visitas. Lembro-me de minha mãe mandando a gente caprichar no banho porque a família toda iria visitar algum conhecido. Íamos todos juntos, família grande, todo mundo a pé. Geralmente, à noite. Ninguém avisava nada, o costume era chegar de paraquedas mesmo. E os donos da casa recebiam alegres a visita. Aos poucos, os moradores iam se apresentando, um por um. – Olha o compadre aqui, garoto! Cumprimenta a comadre. E o garoto apertava a mão do meu pai, da minha mãe, a minha mão e a mão dos meus irmãos. Aí chegava outro menino. Repetia-se toda a diplomacia. – Mas vamos nos assentar, gente. Que surpresa agradável! A conversa rolava solta na sala. Meu pai conversando com o compadre e minha mãe de papo com a comadre. Eu e meus irmãos ficávamos assentados todos num mesmo sofá, entreolhando-nos e olhando a casa do tal compadre. Retratos na parede, duas imagens de santos numa cantoneira, flores na mesinha de centro... Casa singela e acolhedora. A nossa também era assim. Também eram assim as visitas, singelas e acolhedoras. Tão acolhedoras que era também costume servir um bom café aos visitantes. Como um anjo benfazejo, surgia alguém lá da cozinha – geralmente uma das filhas – e dizia: – Gente, vem aqui pra dentro que o café está na mesa. Tratava-se de uma metonímia gastronômica. O café era apenas uma parte: pães, bolo, broas, queijo fresco, manteiga, biscoitos, leite... Tudo sobre a mesa. Juntava todo mundo e as piadas pipocavam. As gargalhadas também. Pra que televisão? Pra que rua? Pra que droga? A vida estava ali, no riso, no café, na conversa, no abraço, na esperança... Era a vida respingando eternidade nos momentos que acabam... Era a vida transbordando simplicidade, alegria e amizade... Quando saíamos, os donos da casa ficavam à porta até que virássemos a esquina. Ainda nos acenávamos. E voltávamos para casa, caminhada muitas vezes longa, sem carro, mas com o coração aquecido pela ternura e pela acolhida. Era assim também lá em casa. Recebíamos as visitas com o coração em festa... A mesma alegria se repetia. Quando iam embora, também ficávamos a família toda, à porta. Olhávamos, olhávamos... até que sumissem no horizonte da noite. O tempo passou e me formei em solidão. Tive bons professores: televisão, vídeo, DVD, internet, e-mail, Whatsapp... Cada um na sua e ninguém na de ninguém. Não se recebe mais em casa. Agora a gente combina encontros com os amigos fora de casa: – Vamos marcar uma saída!... – ninguém quer entrar mais. Assim, as casas vão se transformando em túmulos sem epitáfios, que escondem mortos anônimos e possibilidades enterradas. Cemitério urbano, onde perambulam zumbis e fantasmas mais assustados que assustadores. Casas trancadas... Pra que abrir? O ladrão pode entrar e roubar a lembrança do café, dos pães, do bolo, das broas, do queijo fresco, da manteiga, dos biscoitos do leite... Que saudade do compadre e da comadre! Cristina Rodrigues.

ORAÇÃO DO SÁBADO

quinta-feira, 7 de abril de 2022

O PERIGO DA COUVE NO SUCO VERDE

Falou em suco verde, a couve é sempre considerada o elemento verde da mistura com limão, gengibre e outros vegetais. Acontece que a couve, o espinafre e o brócolis tem a capacidade de absorver o iodo do seu corpo. E o iodo assim como o selênio são ESSENCIAIS para o funcionamento da tireoide. Pessoas que têm alteração na tireoide e aquelas que tem uma alimentação pobre em selênio e iodo, ao consumir muita couve, podem atrapalhar o funcionamento da glândula tireoide. Então, quer dizer que couve faz mal? Não, definitivamente não é isso. Para que o consumo de couve realmente impacte negativamente o funcionamento da tireoide você precisa consumir muita couve. Como o suco verde é algo que geralmente as pessoas bebem todos os dias por muito tempo, esse post serve como um alerta para que você varie a base do seu suco. Ao invés de colocar sempre couve, diversifique com outras folhas. Sugestão de folhas para adicionar ao seu suco verde. - Broto de alface (é excelente pra saúde da mulher); - Folhas de tanchagem (especialmente para quem tem hipertensão) ; - Salsa (é diurético, melhora a digestão e beneficia os rins); - Hortelã (especialmente para quem tem problemas respiratórios). Lembre-se que a diferença entre remédio e veneno é a dose. O ideal é que você diversifique sempre os ingredientes do seu suco. Repito, não é para parar de comer couve, mas sim diversificar os ingredientes do suco e também da sua salada. Dr. Juliano Pimentel

QUANDO TUDO PARECE DAR ERRADO

Nem sempre a vida é um mar de rosas. Alguns desafios que vamos enfrentando nos desanimam. A pressão constante do dia a dia nos leva a tomarmos decisões erradas e muitas vezes sentimos que não existe saída para nossos problemas. No entanto, para tudo há sempre uma solução. Se as coisas parecem dar errado, procure um jeito de arrumar da sua vida o que a impede de ser feliz. Se o caminho parece não levar a nenhum lugar, volte para trás. E se algo parece ter acabado, nunca se esqueça que existe a preciosa possibilidade de recomeçar. Desconheço o autor

quarta-feira, 6 de abril de 2022

QUERO LIBERDADE PARA ENVELHECER

"Enquanto envelheço quero me sentir livre para decidir como quero viver, sem ser alvo de pressão e de censura. Não quero este papo de imposições que tenho que me portar de acordo com a minha idade, ficar quieta, desaparecer... abandonar minha atitude, meu estilo e minhas paixões. Não entro nessa de novela e comercial que fica dizendo que temos que lutar contra o envelhecimento, gastando toda a vida que me resta. Passei um tempo danado para chegar onde estou, e nesta jornada descobri que gosto de mim tal como sou. Desconheço o autor

SEJAMOS MAIOR QUE A INDIFERENÇA

Durante todo nosso dia cruzamos com inúmeras pessoas, sejam conhecidas ou desconhecidas, e certamente não nos relacionamos interpessoalmente com a maioria delas. Temos nossas vidas cheias de problemas a serem resolvidos, em casa ou no trabalho, e quase ninguém tem tempo de ouvir quem está ao lado. Somos seres tão pequenos que muitas vezes ignoramos a importância da comunicação com as diversas pessoas que nos rodeiam, simplesmente por valorizamos mais a nossa própria vida que a de qualquer outra pessoa que esteja perto. Cada vez mais associamos a felicidade ao prazer pessoal, inutilizando completamente as inúmeras pessoas à nossa volta que às vezes necessitam apenas de ouvir um bom dia para se sentir feliz. A indiferença é um dos sentimentos mais dolorosos; já imaginou viver cercado de pessoas sem ninguém direcionar nenhuma palavra a você? Milhares de pessoas vivem diariamente esta situação, se transformando em seres insignificantes para a sociedade porque um simples diálogo não trará nenhum benefício material a quem doar um pouco do seu tempo com eles. Não sejamos indiferentes com as pessoas que nos rodeiam, muitas vezes receber um simples sorriso pode ser a única coisa que faltava para tal pessoa conseguir seguir em frente. Desconheço o autor