Em 1990 havia um cavalo
pangaré chamado Mumu dos Anjos que era
usado por um desses catadores de papelão para puxar carroça.
Mumu era visto subindo e
descendo o morro da Favela no RJ carregando o pesado e ingrato fardo de coisas
velhas e papelão usado. Comendo mato e pedaços de velhas espigas de milhos ou
sobras que lhe davam.
Esta era a vida de Mumu e
o seu destino parecia terminar assim, até que seu dono decidiu vende-lo para
pegar um dinheirinho.
Naquela na região havia um
senhor que queria comprar um cavalo para dar à sua filha adolescente que estava
aprendendo a cavalgar, por esta razão nada melhor que usar um pangaré.
Aconteceu que o pai desta
menina tinha outro cavalo (só que de raça) e estava participando de um torneio
na Hípica do Rio de Janeiro.
No dia anterior à
competição o cavalo de raça se machucou e ficou impedido de participar do
torneio. A solução para manter-se inscrito era usar outro cavalo foi então que
colocaram o pangaré Mumu, somente para manter o nome da equipe inscrita.
Desengonçado, sem
treinamento, sem pedigree e sem história, Mumu era um daqueles que ninguém
acreditava, nem sequer apostava. Bom a surpresa veio!!
Mumu viu e entendeu que a
vida lhe estava abrindo uma porta, e correu, correu, correu como nunca. Bom ele
ganhou. Ninguém acreditou.
Anos depois o preço de
Mumu estava por volta de Meio Milhão de Dólares, passando a ser transportado de
avião, comendo ração importada, e sendo tratado como um rei. Obviamente
continua correndo!
A historia deste pangaré é
verdadeira e foi publicada no Jornal
Gazeta Mercantil em 1990 . Assim como
Mumu , eu ,você e muitos outros não tivemos uma família rica, educação
de primeira, viagens internacionais , alimentação balanceada ou outro tipo de
preparo.
Isto as vezes se torna um
peso para muitas pessoas que não lutam por acharem que não são competitivas.
No entanto veja que a vida
de Mumu mudou a partir do dia que ele teve uma oportunidade e entendeu que
precisava correr, para não continuar naquela mísera situação. Apesar de ter uma
aparência de que nunca chegaria lá, ele mostrou ser possível.
Amigo de Deus, não importa
sua idade, está na hora de largar a carroça, deixar para trás os sentimentos de
eu não consigo, sou pobre, sou feio, sou sozinho, ninguém me ajuda, não tenho
sorte etc.
É hora de acordar e saber
que lá fora tem uma corrida acontecendo. Se as coisas não acontecem na vida
profissional e você não é realizado, ao invés de reclamar das bagas de milho
que possa estar comendo, procure ver aquilo que está faltando.
Quem sabe você não tem
feito a coisa da forma certa, um currículo mal elaborado, é muito ansioso nas
entrevistas , fala demais, não sabe ouvir, não é confiável no trabalho, falta
muito, chega sempre atrasado, vive dizendo pequenas mentirinhas, não tem
educação para falar com as pessoas ou é do tipo pavio curto?
Quem sabe falto aquele –
Muito obrigado – Com licença -Por favor – Me desculpe, ou ainda um sorriso. De
repente um simples sorriso muda tudo e abre muitas portas. Um Coração alegre
aformoseia o rosto, portanto deixe de ser zangão.
Otimismo.