Todo ano, milhões de
pessoas aproveitam o dia 2 de novembro para visitar os túmulos de seus parentes
e amigos. No Brasil, a data foi oficializada como feriado nacional apenas em
2002, mas a comemoração católica é, evidentemente, muito mais antiga.
A oração pelos que já
morreram é uma prática de várias religiões e que o cristianismo manteve.
Documentos e monumentos dos primeiros séculos da nossa era já testemunham a
prática entre os cristãos. Há túmulos cristãos dos séculos II e II que trazem
orações pelos falecidos ou inscrições como: “Que cada amigo que veja isso reze por
mim.”
O estabelecimento de um
dia específico para que os católicos se dedicassem especialmente à oração pelos
mortos tem origem em 998, por iniciativa de Santo Odilo, que era abade de
Cluny, na França, um dos maiores mosteiros de então. Odilo quis que na sua
abadia a data de 2 de novembro fosse dedicado a essa intenção. A data foi
escolhida por se seguir ao Dia de Todos os Santos, celebrado em 1º de novembro.
No século seguinte,
tornou-se obrigatório em toda a Igreja que cada comunidade dedicasse um dia à
oração pelos mortos. Foi só no século XIII que o dia 2 de novembro foi
universalizado para toda a Igreja latina como o dia especialmente dedicado a
isso.
O nome oficial da
celebração, na Igreja Católica, é Comemoração dos Fiéis Defuntos. A Igreja
Ortodoxa e as comunidades católicas do Oriente não o celebram no dia 2 de
novembro, mas em várias ocasiões durante o ano, geralmente no sábado.
Anglicanos e algumas outras ramificações do protestantismo também celebram o
dia. A comemoração geralmente é rechaçada pelas denominações cristãs que não
admitem a oração pelos mortos.