Os castigos físicos e humilhantes têm efeitos distintos nas
crianças, já que têm relação direta com as experiências vividas por cada uma
delas, além da configuração familiar.
Mas uma consequência direta do uso do castigo físico é o
aprendizado de que a violência é uma maneira plausível e aceitável de se
solucionar conflitos e diferenças, principalmente quando você está em uma
posição de vantagem frente ao outro, principalmente física (como no caso do
adulto frente à criança).
Este aprendizado é transmitido para
outras relações da criança – por exemplo, um irmão mais novo ou na escola.
Outra consequência comum é a criança apresentar um perfil retraído e
introvertido, com baixa autoestima, gerando insegurança, medo, timidez,
passividade e submissão.
Não é raro que a violência física ou
psicológica acabe acontecendo em um rompante de raiva, e não por metodologia.
Nestes momentos os pais podem conversar com seus filhos e serem sinceros com
eles, explicando que perderam o controle e que se arrependem.
Este tipo de atitude é um ótimo exemplo de
humildade e de respeito para com o outro. Ao sentarem para conversar com seus
filhos, os pais darão o exemplo de que pedir desculpas não é algo do qual a
criança deva se envergonhar e de que errar é humano, que nem sempre eles, pais,
irão acertar em tudo, apesar de sempre desejarem o melhor para seus filhos.
Esse tipo de postura também é assimilado pela criança.
Esses momentos são bons para ouvir a
criança e procurar junto a ela estabelecer as “regras” de convivência familiar.
Por exemplo, os pais podem
identificar que não agiram da melhor forma porque chegaram cansados do
trabalho, e estabelecer com os filhos que, quando isso acontecer, será preciso
um tempo para relaxarem e então darem a atenção devida à criança.
(Fonte: Rede Não Bata, Eduque!)