A educação dos filhos é uma das maiores
prioridades dos pais, pois ensinar os pequenos o que precisam para ter uma vida
saudável, feliz e plena é a melhor maneira de evitar que eles tenham
turbulências nas demais fases da vida.
Então, como fazer para ensinar às crianças o valor das emoções,
como saber reconhecer e diferenciar sentimentos, saber expressá-los, saber
lidar com seus próprios sentimentos e com os dos outros,
saber se conectar emocionalmente consigo mesmo e com outras pessoas… Há tanto para aprender que a educação
emocional continua durante toda a vida, e não é trabalho apenas para os pais.
Mas os pais podem fazer muito, é claro, para que seus filhos tenham uma
vida emocional saudável, confira nossas dicas:
1. Cuide da sua própria educação emocional
As crianças aprendem pelo exemplo. Elas observam atentamente os adultos,
sobretudo os pais, e consideram pai e mãe perfeitos, pessoas que garantem sua
segurança e conforto na vida.
Ninguém é perfeito, mas as crianças não conseguem compreender isso. Não
é preciso ser perfeito para educar bem um filho. Basta tentar ao máximo ter as
emoções em equilíbrio, ser sincero e cultivar o amor em todas as áreas da vida.
Se você
tiver dificuldades em lidar com a raiva, por
exemplo, a criança notará e será afetada por isso. Um ou ambos os pais com
problemas de ansiedade, compulsões (como comer ou comprar demais), vícios e
outros transtornos relacionados à vida emocional também influenciam como a
criança percebe o mundo das emoções e se relaciona com elas.
Se você ou o seu companheiro ou companheira
precisarem de ajuda, procure um bom terapeuta, com quem haja afinidade. Ao trabalhar suas próprias emoções e procurar sua própria saúde
emocional, você estará ensinando uma importante lição para seu filho: que
ninguém é perfeito, mas que podemos buscar e obter ajuda para equilibrar as
emoções e ter uma vida saudável.
2. Elogie, mas ensine que o valor da criança não está nos seus talentos
“Ela é tão linda”, “Ele é tão corajoso”, “Ela é excelente em matemática,
nem precisa estudar muito”, “Ele é um líder, nasceu para liderar”. Essas frases
parecem excelentes para estimular a autoestima da criança, mas, quando usadas
em excesso, podem dar a ideia de que o valor da criança está em seus talentos
ou habilidades.
Todo ser humano, desde tenra idade,
deseja ser amado pelo que é, independente do que possui ou das habilidades que
apresenta. Deixe sempre bem claro para seu filho que você sempre vai amá-lo, não
importa se ele não tirar sempre 10 nas provas da escola, se fracassar em alguma
atividade esportiva ou se não for considerada a criança mais bonita da festa,
por exemplo.
3. Ensine a criança a lidar com a frustração e a espera
É muito famoso o “teste do marshmallow”, em que crianças pequenas são
colocadas individualmente em uma sala, com um marshmallow na sua frente. Elas
não sabem que estão sendo filmadas. Um pesquisador explica à criança que, se
ela aguardar 15-20 minutos, poderá ganhar mais um marshmallow, e comer dois ao invés
de um.
A maioria dos pequenos come o marshmallow antes do tempo combinado, pois não
consegue esperar. Alguns conseguem se distrair, brincando com os dedos,
desviando os olhos do doce ou cantarolando, e ganham dois doces. A pesquisa acompanhou o crescimento
das crianças e avaliou que as que conseguiram esperar tinham mais tendência
para alcançar seus objetivos na vida.
É
fundamental ensinar às crianças o valor de esperar e de lidar com as frustrações. Afinal, ninguém consegue tudo o que quer, quando quer, da
maneira que quer. O tempo inteiro, precisamos compreender que nossas vontades
precisam estar em harmonia com circunstâncias e com as vontades e
possibilidades de outras pessoas para que nossos desejos se realizem.
Um exemplo
simples é quando uma criança quer um brinquedo caro, que os pais não podem
pagar no momento, ou quando quer comer apenas os alimentos preferidos, como chocolate, doces e batata frita. Lidando
bem com as frustrações, as crianças têm muito mais chance de serem adultos
felizes.
4. Eduque com amor
A criança sente o amor sincero dos seus pais e depende dele para ter
saúde em todos os níveis, não apenas emocional. Uma criança que se sente
rejeitada pelos pais pode desenvolver graves transtornos, baixa autoestima,
pouca confiança nas outras pessoas, depressão e impulsos autodestrutivos.
Reserve tempo para brincar com seus filhos, para conversar, para se
divertir em família, para conversar sobre assuntos importantes. Demonstre seu interesse pelo bem-estar da
criança, e você notará que ela retribui com muito carinho e segurança
emocional.
Fonte: Melhor com Saúde