A causa da
morte ainda é desconhecida. O corpo está no local sob cuidados da perícia.
Ainda não há informações sobre velório.
Rodrigues deixa a mulher Clodine, dois
filhos (os também cantores Luciana Mello e Jairzinho) e três netos, que estão
reunidos na casa do artista. Parentes e amigos, entre eles o cantor Simoninha,
filho de Wilson Simonal, também chegaram para confortar a família.
Ainda de
acordo com sua assessoria, Jair Rodrigues não apresentava problemas de saúde e
cumpria normalmente a agenda de shows. A última apresentação fez foi no dia 5
de abril no Auditório do Ibirapuera, em São Paulo, com ingressos esgotados.
Jair
Rodrigues ficou conhecido por seu maior sucesso, "Deixa Isso Pra Lá",
considerado o primeiro rap brasileiro, e pelas parcerias com Elis Regina no
programa de TV "O Fino da Bossa" e nos álbuns "Dois na
Bossa".
Jair, filho da bossa e do samba
Jair Rodrigues de
Oliveira nasceu no dia 6 de fevereiro de 1939 em Igarapava, interior de São
Paulo. Ele iniciou a carreira musical nos anos de 1950 e, na década seguinte,
atingiu o sucesso em programas de calouros na televisão.
Em 1964 gravou seu disco de estreia, "Vou de Samba com Você". Duas canções da época, "Brasil Sensacional" e "Marechal da Vitória", embalaram a vitória da seleção brasileira de futebol na Copa do Chile. Em 1964, veio um de seus maiores sucessos, "Deixa Isso Pra Lá", que cantava até hoje nos shows e participações de TV.
Em 1964 gravou seu disco de estreia, "Vou de Samba com Você". Duas canções da época, "Brasil Sensacional" e "Marechal da Vitória", embalaram a vitória da seleção brasileira de futebol na Copa do Chile. Em 1964, veio um de seus maiores sucessos, "Deixa Isso Pra Lá", que cantava até hoje nos shows e participações de TV.
Ao lado de
Elis Regina, Jair Rodrigues se tornou um dos grandes nomes do samba ao
participar do notório "O Fino da Bossa", programa da TV Record que
foi ao ar entre 1965 e 1967.
Com jeito
brincalhão de malandro e voz potente, Jair ficou nacionalmente conhecido
através dos duetos com a "Pimentinha". O trabalho rendeu três discos:
"Dois na Bossa" nos volumes 1, 2 e 3, gravados ao vivo. Na época, foi
um dos primeiros registros a atingir mais de 1 milhão de cópias.
A
interpretação de Jair ganhou dimensão que ressoa até hoje principalmente com a
canção "Disparada", de Geraldo Vandré e Théo de Barros. A canção
sertaneja foi sensação no Festival da Música em 1966, principalmente pelo fato
de Jair ter ficado conhecido como um artista do samba. "Disparada"
acabou empatada com "A Banda", de Chico Buarque.
Realizou turnês pela Europa, Estados Unidos e Japão. Em 1971, gravou o samba-enredo "Festa para um Rei Negro", da Acadêmicos do Salgueiro.
Realizou turnês pela Europa, Estados Unidos e Japão. Em 1971, gravou o samba-enredo "Festa para um Rei Negro", da Acadêmicos do Salgueiro.
Carismático,
Jair Rodrigues revisitou o disco "Dois na Bossa" no palco dedicado a
Elis Regina na Virada Cultural de 2012, em São Paulo. Na ocasião, ele afirmou
que Elis havia sido um "grande amor". Ele voltaria a relembrar da
época ao assistir o espetáculo "Elis, a Musical", em cartaz. Jair
assistiu o musical em março, aplaudiu de pé e acabou homenageado pelo público.
O último trabalho, o disco duplo "Samba Mesmo", é uma homenagem do cantor ao samba e à seresta, e foi lançado em fevereiro.
O último trabalho, o disco duplo "Samba Mesmo", é uma homenagem do cantor ao samba e à seresta, e foi lançado em fevereiro.
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