Apesar da alta quantidade de gorduras saturadas, o argumento de
seus defensores é que elas são, em sua maioria, triglicerídeos de cadeia média
(TCM), e não de cadeia longa, como normalmente encontramos nos alimentos.
E a vantagem
dessa informação é que eles são mais bem absorvidos pelo corpo, principalmente
no fígado, sendo logo convertidos em energia e não se acumulando em forma de
gordura no corpo. Eles são os responsáveis pela maior parte dos benefícios do
óleo de coco que alguns estudos têm demonstrado e listamos a seguir:
Ajuda a emagrecer: Quem diria que justamente as gorduras saturadas poderiam ser
aliadas da dieta, não é mesmo? Um estudo feito no Canadá em 2000 mostrou que
pessoas que consumiam o óleo de coco tinham uma maior oxidação das gorduras,
processo que causa sua quebra, do que as pessoas que seguiam dietas com óleos
comuns.
Traz saciedade: Todos sabemos que essa sensação é a melhor amiga de quem quer
perder peso, afinal quanto menos comemos, menos energia extra consumimos.
Pesquisadores da Universidade de Columbia e do Centro de Pesquisa sobre
Obesidade de Nova York, ambos nos Estados Unidos, verificaram que os TCM ativam
hormônios como colecistoquinina, peptídeo YY e peptídeo inibitório intestinal,
todos ligados a sensação de saciedade. Isso significa que ao consumir o óleo de
coco no café da manhã, por exemplo, a tendência é que a quantidade de comida
ingerida nas refeições seguintes seja menor. Você precisará consumir bem menos
carnes vermelhas e frituras e priorizar peixes, oleaginosas, grãos como a
linhaça e óleos como o azeite.
Melhora a imunidade: O ácido láurico e o ácido cáprico, dois dos TCM do óleo de
coco, tem a propriedade de modular o sistema imunológico. Alguns estudos
mostram essa relação, mostrando sua eficácia contra fungos, vírus e bactérias,
mas os cientistas ainda não descobriram como isso funciona. Uma forma indireta
de ele contribuir com a imunidade está na melhora do trabalho do intestino ao
eliminar as bactérias ruins.
Evita a prisão de ventre: Alimentos gordurosos normalmente auxiliam na digestão, pois a
gordura se mistura o bolo alimentar e as fezes, facilitando sua passagem pelo
sistema digestivo. Além disso, o ácido láurico e suas propriedades
antibacterianas eliminam as bactérias ruins do intestino, favorecendo sua
microbiota (flora intestinal) e assim melhorando o funcionamento do órgão. Mas,
cuidado, o consumo em excesso pode trazer o efeito rebote, causando diarreia.
É amigo da beleza: Alguns estudos mostram que seu consumo melhora a elasticidade
da pele. Além disso, seus antioxidantes ajudam no combate dos radicais livres,
que causam o envelhecimento precoce. O óleo de coco também pode ser usado
diretamente para hidratação dos cabelos, sendo adicionado a cremes.
Controle do colesterol Alguns estudos mostram a eficiência do óleo de coco no aumento
do colesterol bom, o HDL.
Quantidade recomendada de óleo de coco
O ideal é consumir uma colher de sopa de óleo de coco, afinal mais do
que isso extrapola as quantidade de gordura saturada diárias.
Como consumir o óleo de coco
Vale a pena acrescentá-lo a preparações frias, como saladas e sucos de
frutas. Caso queira incluí-lo em pratos quentes, use apenas na finalização e
não leve ao fogo, para que ele conserve suas propriedades antioxidantes.
- O
óleo de coco pode ser utilizado para finalizar os pratos quentes,
promovendo sabor e aroma suaves a pratos como arroz e peixes. Em sua
versão extra virgem, pode ser utilizado como tempero de saladas.
- O óleo de coco também pode
ser usado na preparação de bolos e tortas
- Ele pode ser misturado em
iogurtes, sucos ou vitaminas. A adição do alimento deixa as bebidas com um
gosto leve de coco
- O
óleo de coco não é muito recomendado para ser usado em frituras, pois além
de ser um uso pouco saudável, pode deixar os alimentos com gosto de coco,
como a batata frita e carnes, por exemplo.
Fontes consultadas
Nutricionista Karina Valentim, da PB
Consultoria Nutricional, em São Paulo
Livreto "Óleo de coco: a gordura saudável", do nutrólogo Wilson Rondó
Jr. (CRM SP 47.078), de São Paulo
I Diretriz Brasileira de Hipercolesterolemia Familiar (HF) da Sociedade
Brasileira de Cardiologia, Agosto de 2012