Olavo foi transferido de setor. Logo
no primeiro dia, para fazer média com o novo chefe, saiu-se com esta:
– Chefe, o senhor nem imagina o que
me contaram a respeito do Marco; Disseram que ele…
Antes mesmo de terminar a frase,
Juliano, o chefe, o interrompeu:
- Espere um pouco Olavo, o que vai me
contar sobre o Marco já passou pelo crivo das três peneiras?
- Peneiras? Que peneiras, chefe?
- A primeira peneira é a da VERDADE. Você tem certeza que o que
vai me contar sobre o Marco é absolutamente verdadeiro?
- Não. Só sei o que me contaram, mas
acho que…
E, novamente Olavo é interrompido
pelo chefe.
- Então sua história já vazou a
primeira peneira.
Vamos então para a segunda; a peneira
da BONDADE.
O que você vai me contar é algo bom?
Gostaria que os outros também dissessem isso a seu respeito?
- Claro que não! Deus me livre,
chefe! – responde Olavo assustado.
- Então – continua o chefe – Sua
história vazou também a segunda peneira.
Vamos ver a terceira peneira, que é a
da NECESSIDADE.
Você acha mesmo necessário me contar
esse fato ou passá-lo adiante? Ele ajuda a resolver alguma coisa? Pode ajudar a
melhorar algo em nosso dia a dia?
- Sinceramente não, chefe. É,
passando pelo crivo das três peneiras, vi que não sobrou nada do que eu iria
contar – comentou Olavo, um pouco decepcionado.
- Pois é, Olavo. Já pensou como as
pessoas poderiam ser mais felizes e as empresas muito mais agradáveis para se
trabalhar se todos usassem essas peneiras? – diz o chefe sorrindo, e continua …
- Da próxima vez em que surgir um
boato por aí, submeta-o ao crivo das três peneiras antes de obedecer ao impulso
de passá-lo adiante: Verdade, Bondade e Necessidade.
Pessoas inteligentes falam sobre
ideias. Pessoas comuns falam sobre coisas. Pessoas medíocres falam (mal) sobre
pessoas.