É preciso falar da inspiração; da pessoa que me inspira a viver, quem sabe se proteger do tempo e me convida a seguir em frente, mesmo num dia frio e chuvoso. Porém, antes de falar da chuva, é preciso também falar das horas, da amabilidade que me aquieta, me dá luz e cala meu desatino.
Ao seu lado, não vejo a multidão. Pairam no ar as águas dos céus, as gotas se suspendem imóveis, e, em meio à chuva, seus olhos são os campos de flores ao sol. Grande sensação de felicidade. Não era uma chuva forte, Nem raios e nem trovões. Nada aleatório ou furtivo. A garoa adentrou o dia e, sublime, serena, tranquila, atreveu-se sobre o orvalho.
De seus lábios, Deus me ouviu. ( Julio Cesar Ribeiro da Silva )
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