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sábado, 30 de março de 2013
CALENDÁRIO DA PÁSCOA
POR QUE A PÁSCOA NUNCA CAI NO MESMO
DIA TODOS OS ANOS?
O dia da Páscoa é o
primeiro domingo depois da Lua Cheia que ocorre no dia ou depois de 21 março (a
data do equinócio). Entretanto, a data da Lua Cheia não é a real, mas a
definida nas Tabelas Eclesiásticas. (A igreja, para obter consistência na data
da Páscoa decidiu, no Concílio de Nicea em 325 d.C, definir a Páscoa
relacionada a uma Lua imaginária – conhecida como a “lua eclesiástica”).
A Quarta-Feira de
Cinzas ocorre 46 dias antes da Páscoa, e portanto a Terça-Feira de Carnaval ocorre 47
dias antes da Páscoa. Esse é o período da quaresma, que começa na quarta-feira
de cinzas.
Com esta definição,
a data da Páscoa pode ser determinada sem grande conhecimento astronômico. Mas
a sequência de datas varia de ano para ano, sendo no mínimo em 22 de março e no
máximo em 24 de abril, transformando a Páscoa numa festa “móvel”. De fato, a
sequência exata de datas da Páscoa repete-se aproximadamente em 5.700.000 anos
no nosso calendário Gregoriano.
Tabela com as datas da Páscoa até
2020
- 2000: 23 de Abril (Igrejas Ocidentais); 30 de Abril (Igrejas Orientais)
- 2001: 15 de Abril
- 2002: 31 de Março (Igrejas Ocidentais); 5 de Maio (Igrejas Orientais)
- 2003: 20 de Abril (Igrejas Ocidentais); 27 de Abril (Igrejas Orientais)
- 2004: 11 de Abril
- 2005: 27 de Março (Igrejas Ocidentais); 1 de Maio (Igrejas Orientais)
- 2006: 16 de Abril (Igrejas Ocidentais); 23 de Abril (Igrejas Orientais)
- 2007: 8 de Abril
- 2008: 23 de Março (Igrejas Ocidentais); 27 de Abril (Igrejas Orientais)
- 2009: 12 de Abril (Igrejas Ocidentais); 19 de Abril (Igrejas Orientais)
- 2010: 4 de Abril
- 2011: 24 de Abril
- 2012: 8 de Abril (Igrejas Ocidentais); 15 de Abril (Igrejas Orientais)
- 2013: 31 de Março (Igrejas Ocidentais); 5 de Maio (Igrejas Orientais)
- 2014: 20 de Abril
- 2015: 5 de Abril (Igrejas Ocidentais); 12 de Abril (Igrejas Orientais)
- 2016: 27 de Março (Igrejas Ocidentais); 1 de Maio (Igrejas Orientais)
- 2017: 16 de Abril
- 2018: 1 de Abril (Igrejas Ocidentais); 8 de Abril (Igrejas Orientais)
- 2019: 21 de Abril (Igrejas Ocidentais); 28 de Abril (Igrejas Orientais)
- 2020: 12 de Abril (Igrejas Ocidentais); 19 de Abril (Igrejas Orientais)
No final das
contas, a páscoa é mais um rito de povos antigos, assimilado pela Igreja Cristã
de modo a impor sua influência. Substituindo venerações à natureza (como no
caso da Lua ou do Equinócio, tipicamente pagãs) por uma outra figura da
mitologia, tomando os significados do judaísmo, os símbolos celtas e fenícios,
remodelando mediante os Evangelhos e dando uma decoração final, criou-se um
“ritual colcha de retalhos”.
quinta-feira, 28 de março de 2013
quarta-feira, 27 de março de 2013
A VERDADEIRA HISTÓRIA DA PÁSCOA
Muito antes de ser considerada a festa
da ressurreição de Cristo, a Páscoa anunciava o fim do inverno e a chegada da
primavera. A Páscoa sempre representou a passagem de um tempo de trevas para
outro de luzes, isto muito antes de ser considerada uma das principais festas
da cristandade. A palavra “páscoa” – do hebreu “peschad”, em grego “paskha” e
latim “pache” – significa “passagem”, uma transição anunciada pelo equinócio de
primavera (ou vernal), que no hemisfério norte ocorre a 20 ou 21 de março e, no
sul, em 22 ou 23 de setembro.
A páscoa judaica (em hebraico פסח, ou seja, passagem) é o nome do
sacríficio executado em 14 de Nissan segundo o calendário judaico e que precede
a Festa dos Pães Ázimos
(Chag haMatzot). Geralmente o nome Pessach
é associado a esta festa também, que celebra e recorda a libertação do povo de
Israel do Egito, conforme narrado no livro de Êxodo.
Para entender o significado da Páscoa
cristã, é necessário voltar para a Idade Média e lembrar dos antigos povos
pagãos europeus que, nesta época
do ano, homenageavam Ostera, ou Esther – em inglês, Easter quer dizer Páscoa.
Ostera (ou Ostara) é a Deusa da
Primavera, que segura um ovo em sua mão e observa um coelho, símbolo da
fertilidade, pulando alegremente em redor de seus pés nus. A deusa e o ovo que
carrega são símbolos da chegada de uma nova vida. Ostara equivale, na mitologia
grega, a Persephone. Na mitologia romana, é Ceres.
Estes antigos povos pagãos comemoravam a chegada da primavera
decorando ovos. O próprio costume de decorá-los para dar de presente na Páscoa
surgiu na Inglaterra, no século X, durante o reinado de Eduardo I (900-924), o
qual tinha o hábito de banhar ovos em ouro e ofertá-los para os seus amigos e
aliados.
Por
que o ovo de Páscoa?
O ovo é um destes símbolos que praticamente explica-se por si mesmo. Ele contém o germe, o fruto da vida, que representa o nascimento, o renascimento, a renovação e a criação cíclica. De um modo simples, podemos dizer que é o símbolo da vida.
Na tradição cristã, o ovo aparece como
uma renovação periódica da natureza. Trata-se do mito da criação cíclica. Em
muitos países europeus, ainda hoje há a crença de que comer ovos no Domingo de
Páscoa traz saúde e sorte durante todo o resto do ano. E mais: um ovo posto na
sexta-feira santa afasta as doenças.
Na tradição cristã, o ovo aparece como
uma renovação periódica da natureza. Trata-se do mito da criação cíclica. Em
muitos países europeus, ainda hoje há a crença de que comer ovos no Domingo de
Páscoa traz saúde e sorte durante todo o resto do ano. E mais: um ovo posto na
sexta-feira santa afasta as doenças.
Mas o certo mesmo é que a origem da
imagem do coelho na Páscoa está na fertilidade que os coelhos possuem. Geram
grandes ninhadas! Assim, os coelhos são vistos como símbolos de renovação e
início de uma nova vida. Em união com o mito dos Ovos de Páscoa, o Coelho da
Páscoa representa a renovação de uma vida que trará boas novas e novos e
melhores dias, segundo as tradições.
Outros
símbolos da Páscoa
O cordeiro é um dos principais símbolos de Jesus Cristo, já que é considerado como tendo sido um sacrifício em favor do seu rebanho. Segundo o Novo Testamento, Jesus Cristo é “sacrificado” durante a Páscoa (judaica, obviamente). Isso pode ser visto como uma profecia de João Batista, no Evangelho segundo João no capítulo 1, versículo 29: “Eis o Cordeiro de Deus, Aquele que tira o pecado do mundo”.
A Cruz também é tida como um símbolo pascal. Ela mistifica todo o significado da Páscoa, na ressurreição e também no sofrimento de Jesus. No Concílio de Nicea em 325 d.C, Constantino decretou a cruz como símbolo oficial do cristianismo. Então, ela não somente é um símbolo da Páscoa, mas o símbolo primordial da fé católica.
O pão e o vinho simbolizam a vida eterna, o corpo e o sangue de Jesus, oferecido aos seus discípulos, conforme é dito no capítulo 26 do Evangelho segundo Mateus, nos versículos 26 a 28: “Durante a refeição, Jesus tomou o pão, benzeu-o, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai e comei, isto é meu corpo. Tomou depois o cálice, rendeu graças e deu-lhe, dizendo: Bebei dele todos, porque isto é meu sangue, o sangue da Nova Aliança, derramado por muitos homens em remissão dos pecados.
“ Esta é a verdadeira história da Páscoa!
O cordeiro é um dos principais símbolos de Jesus Cristo, já que é considerado como tendo sido um sacrifício em favor do seu rebanho. Segundo o Novo Testamento, Jesus Cristo é “sacrificado” durante a Páscoa (judaica, obviamente). Isso pode ser visto como uma profecia de João Batista, no Evangelho segundo João no capítulo 1, versículo 29: “Eis o Cordeiro de Deus, Aquele que tira o pecado do mundo”.
A Cruz também é tida como um símbolo pascal. Ela mistifica todo o significado da Páscoa, na ressurreição e também no sofrimento de Jesus. No Concílio de Nicea em 325 d.C, Constantino decretou a cruz como símbolo oficial do cristianismo. Então, ela não somente é um símbolo da Páscoa, mas o símbolo primordial da fé católica.
O pão e o vinho simbolizam a vida eterna, o corpo e o sangue de Jesus, oferecido aos seus discípulos, conforme é dito no capítulo 26 do Evangelho segundo Mateus, nos versículos 26 a 28: “Durante a refeição, Jesus tomou o pão, benzeu-o, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai e comei, isto é meu corpo. Tomou depois o cálice, rendeu graças e deu-lhe, dizendo: Bebei dele todos, porque isto é meu sangue, o sangue da Nova Aliança, derramado por muitos homens em remissão dos pecados.
“ Esta é a verdadeira história da Páscoa!
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