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sexta-feira, 3 de novembro de 2023
DELICADEZA NÃO SE ENSINA
Delicadeza não se ensina, é diferente do respeito. Delicadeza é temperamento, não se obtém com a idade, não é uma promoção da sensibilidade, não vem com a educação ou com a imitação dos pais. Delicadeza é um defeito maravilhoso, uma entrega irreversível. É uma loucura do bem, uma paranoia sadia. Oferecer mais do que foi pedido, oferecer-se à toa. Sucumbo diante da delicadeza: a delicadeza é gentileza refinada. Não é um hábito, mas uma missão.
( Fabrício Carpinejar )
quarta-feira, 1 de novembro de 2023
NOS DIAS ATUAIS
NOS DIAS DE HOJE, com tanta tecnologia, com tanta correria, com tanta falta de tempo, com tanto olho no próprio umbigo e nos próprios problemas, com tanta disputa pelo poder, pelo dinheiro, por ter mais e mais, sei lá, acho bonito ver um casal de velhinhos na rua. A mão, enrrugadinha, segura a outra mão. A outra mão, por sua vez, segura uma bengala. Falta equilíbrio, sobra experiência. Falta a juventude, sobra história para contar. Falta uma pele lisa, sobram marcas de expressão que contam segredos. Envelhecer não é feio. Em tempos de Botox, a gente devia olhar um pouco para dentro. De si. Do outro. Do amor.
( Autor desconhecido )
A CAMINHADA DA VIDA
Na caminhada da vida, aprendi que nem sempre temos o que queremos.
Porque nem sempre o que queremos nos faz bem. Foi preciso sentir dor, para que eu aprendesse com as lágrimas. Foi necessário o riso, para que
eu não me enclausurasse com o tempo. Foram precisas as pedras, para que eu construísse meu caminho. Foram fundamentais as flores, para que
eu me alegrasse na caminhada. Foi imprescindível a fé, para que eu
não perdesse a esperança. Foi preciso perder, para que ganhasse de verdade. Foi no silêncio que me escutaram com clareza. Pois sem provas não tem aprovação. E a vitória sem conquista é ilusão. E a maior virtude dos fortes é o perdão. ( Desconheço o autor )
terça-feira, 31 de outubro de 2023
SEJA PACIENTE COM VOCÊ
Seja paciente com você. Se permita um descanso, um sorriso, um mimo qualquer. Esqueça a louça na pia de vez em quando, solte os cabelos, abra a janela, namore o dia, gaste tempo com as pequenezas que lhe trazem paz. Seja paciente com você. Não se cobre tanto, não queira acertar sempre, porque o caminho é longo, e os aprendizados, eternos.
Feche os olhos, ouça os sons da tarde caindo, começando outra vez.
É também no silêncio que a vida fala. Pare para escutar. Desacelera o passo pra ver borboletas, passarinho no ninho, botão querendo ser flor.
É permitido SENTIR. ( Eunice Ramos )
FIQUEI SEM PACIÊNCIA
Fiquei sem paciência! Tirei tudo de dentro do armário e fui jogando no chão: paixões escondidas, desejos reprimidos… Mas lá havia outras coisas... Belas! Uma lua cor de prata, os abraços, aquela gargalhada no cinema, o primeiro beijo, o pôr do sol, uma noite de amor. Coloquei nas gavetas de baixo lembranças da infância; em cima, as de minha juventude, e pendurado bem à minha frente, coloquei a minha capacidade de amar e de recomeçar.
( Martha Medeiros )
segunda-feira, 30 de outubro de 2023
CUIDADOR DE CORAÇÕES
- O que é que fazes?
- Sou cuidador de corações.
- Cuidador de corações?
- Sim.
- E o que é que faz um cuidador de corações?
- Quando os corações estão feridos ou magoados, precisam de alguém que os ouça. Eu ouço. Precisam de ternura. A ternura ajuda a cicatrizar as feridas. Quando os corações estão partidos, precisam de alguém que os ajude a apanhar os bocadinhos que caem no fundo da alma. Eu ajudo. Quando os corações estão pisados, precisam de alguém que lhes dê colo. Eu dou. Quando não conseguem adormecer, eu embalo-os e conto-lhes histórias. Conto histórias do que será. Os corações precisam de esperança. Quando os corações estão apertados, precisam de alguém que os desaperte. Eu faço das minhas palavras a chave que abre novamente o coração à leveza da alegria e do riso. Quando os corações estão perdidos, eu acendo a luz da fé para desimpedir o caminho. Quando os corações cegam para a beleza do mundo, eu ensino-os a ver novamente as coisas maravilhosas que fazem com que a vida valha a pena. Quando os corações se sentem sozinhos, eu faço-lhes companhia até aprenderem que estar sozinho não é sinónimo de solidão. Quando os corações anoitecem, eu fico a pé toda a noite como as estrelas e não deixo que a lua recolha as velas do luar. Quando os corações estão desanimados, eu abro o meu e mostro-lhes que há sempre uma razão pela qual um coração tem de bater. ( Elisabete Bárbara )
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