segunda-feira, 18 de setembro de 2023

NEM SEMPRE O QUE DEIXA DE EXISTIR DEIXA DE ESTAR

Nem sempre o que deixa de existir deixa de estar. Às vezes, deixar de existir é apenas outra forma de estar. É como a chuva. Ao parar de chover, a chuva deixa de existir como chuva, mas a sua água infiltrou-se nos campos e regou as flores e juntou-se ao leito dos rios como memória da chuva que um dia será novamente. Nem sempre o que deixa de existir deixa de estar. O corpo das coisas que habitam o mundo pode morrer e pode desaparecer da nossa vista, mas nunca morrerá aquilo que nos habita e o coração não precisa ver para crer. Deixar de existir não é deixar de estar presente. Há coisas e pessoas que foram e que nunca deixarão de ser. Mesmo que os seus passos deixem de se ouvir e que o seu olhar deixe de cair sobre o nosso como a chuva quando chega o tempo de parar de cair, já o som desses passos e a luz desse olhar se infiltraram em nós e somos nós esse leito de que o nosso amor é feito. Não faz mal que a chuva deixe de ser chuva quando permanece naquilo que regou. ( Elizabete Bárbara )

VIVER EM AMOR É SABEDORIA

Saber viver é um nobre aprendizado, em que se destacam amor, empatia e respeito. Amor não combina com diferenças, nem mesmo tolera as indiferenças. O amor é a essência do direito. O amor não se faz presente, Quando há atração entre diferentes. Amor é uma comunhão de pensamentos, aonde a distância entre os amantes traz a saudade. A paixão é loucura que não espera, não permite o afastamento, tampouco abre espaço para a saudade. O amor funde vidas imperfeitas, em um único corpo que separados traz a saudade. A incondicionalidade do amor é reciprocidade, O mais alto teor de empatia e de paz. A paixão não gera nem admite saudade, e viver o momento é estar apaixonado. O amor é o segredo da felicidade, quando se é fiel, bondoso, não cruel e leal. Amor exige ser bom e não mau. Amor é fazer o bem e não o mal. Paixão é sentimento, pó, não tem vida. Os frutos bons são reservados às pessoas boas, que não têm no coração a maldade. O amor acaba com todo sofrimento, enquanto a paixão só traz tormento. ( Vainer Oliveira )

domingo, 17 de setembro de 2023

ORAÇÃO DO DOMINGO

DEXEI DE SER COSTUREIRA

Deixei de ser costureira... Não quero mais consertar ninguém nem suturar feridas que outros fizeram. Deixo-os puídos, dilacerados como estão e sem o menor interesse em reparar o dano que não me diz respeito. Eu preciso de mim. Quando os pedaços da minha dor voam e não tenho forças para enfiar a agulha com aquela autoestima que é cortada, toda vez que quero fazer algo por mim. Não faço mais reparos em geral. Quem vier sem costura pode ficar assim. Ao final. Muitas vezes acaba-se consertando o que não vai ser usado por muito tempo. Bem, o mesmo vale para as pessoas. ( Desconheço a autoria )

O QUE É ACONCHEGANTE PRA VOCÊ?

Aconchegante é o lugar onde o coração descansa. Onde o afeto é certo. Onde os olhos sorriem. Onde somos nós mesmos. Onde o medo não entra. Aconchegante é o lugar onde a intimidade prevalece. Onde a maldade não tem vez. Onde o corpo desaperta. Onde a gente respira macio. Aconchegante é o lugar onde o sorriso é bom. Onde a paz floresce. Onde a voz é livre. Onde o silêncio é encontro. Onde a amizade existe. Aconchegante é o lugar onde a vida gosta de estar. ( Ana Jácomo )

sábado, 16 de setembro de 2023

ORAÇÃO PRA HOJE

A FORMIGUINHA - REFLEXÃO

Muitas vezes, de onde menos se espera recebemos uma lição de vida. Estava sentado na porta de casa e vi uma formiguinha carregando uma folha que deveria ter no mínimo 20 vezes o seu tamanho e peso. Fazia aquela tarefa com muita dificuldade, empurrando ou carregando sobre a cabeça. Por vezes, o vento derrubava a formiga e a folha. Foram muitos os tropeços e recomeços. Pensei em interferir ajudando de algum modo. Mas como? Talvez, se agisse, eu poderia até mesmo dificultar ainda mais o trabalho dela. Resolvi continuar observando. Os empecilhos que ela encontrou não foram suficientes para lhe provocar desanimo. Por fim, alcançou um pequeno buraco que supus ser a porta do seu habitar. Que ser formidável, pensei. Quanta obstinação. Na verdade, ela apenas tinha acabado uma etapa do seu trabalho. A folha era muito maior do que a entrada do formigueiro e ela precisava colocá-la para dentro. Então, ela largou a carga ali fora e entrou. Na hora pensei no velho ditado popular: “nadou, nadou e morreu na praia”. Surpreendentemente, um batalhão de formigas surgiu do buraco, começou a desmembrar a folha em pequenos pedaços e transportá-los para o seu interior. Pareciam estar alegres e em pouco tempo todos os pedaços da folha e as formigas desapareceram. Tudo acabou. Porém, continuei sentado ali na porta de casa absorto e a refletir sobre aquele ensinamento. Quantas vezes desanimamos diante do tamanho da tarefa ou dificuldade? Quantas vezes nos falta persistência, força e determinação? É muito comum acharmos que recebemos um fardo maior do que podemos suportar. Agradeci a Deus por ter colocado a formiguinha na minha porta para mostrar que sonhos não morrem, apenas adormecem na alma da gente aguardando para ser realizado. ( Extraído do Livro "Contos deste e doutro mundo )