quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

E DAÍ? EU ADORO VOAR

"Já escondi um amor com medo de perdê-lo, já perdi um amor por escondê-lo. Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos. Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso. Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos. Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem. Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram. Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir. Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi. Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto. Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir. Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam. Já tive crises de riso quando não podia. Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva. Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse. Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar. Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros. Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros. Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz. Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava. Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali". Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais. Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria. Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava. Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda. Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim. Não me deem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre. Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração! Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente! Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre! Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das ideias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes. Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos. Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer: - E daí? EU ADORO VOAR!" CLARICE LISPECTOR

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

SEM MANDAMENTOS

Sei que é inevitável e bom que os filhos deixem de ser crianças e abandonem a proteção do ninho. Eu mesmo sempre os empurrei para fora.Sei que é inevitável que eles voem em todas as direções como andorinhas adoidadas. Sei que é inevitável que eles construam seus próprios ninhos e eu fique como o ninho abandonado no alto da palmeira… Mas, o que eu queria, mesmo, era poder fazê-los de novo dormir no meu colo… Existem muitos jeitos de voar. até mesmo o voo dos filhos ocorre por etapas. O desmame, os primeiros passos, o primeiro dia na escola, a primeira dormida fora de casa, a primeira viagem… Desde o nascimento de nossos filhos temos a oportunidade de aprender sobre esse estranho movimento de ir e vir, segurar e soltar, acolher e libertar. Nem sempre percebemos que esses momentos tão singelos são pequenos ensinamentos sobre o exercício da liberdade. Mas chega um momento em que a realidade bate à porta e escancara novas verdades difíceis de encarar. É o grito da independência, a força da vida em movimento, o poder do tempo que tudo transforma. É quando nos damos conta de que nossos filhos cresceram e apesar de insistirmos em ocupar o lugar de destaque, eles sentem urgência de conquistar o mundo longe de nós. É chegado então o tempo de recolher nossas asas. Aprender a abraçar à distância, comemorar vitórias das quais não participamos diretamente, apoiar decisões que caminham para longe. Isso é amor. Rubem Alves — com Jociane Camargo

QUANDO OS FILHOS VOAM

Sei que é inevitável e bom que os filhos deixem de ser crianças e abandonem a proteção do ninho. Eu mesmo sempre os empurrei para fora.Sei que é inevitável que eles voem em todas as direções como andorinhas adoidadas. Sei que é inevitável que eles construam seus próprios ninhos e eu fique como o ninho abandonado no alto da palmeira… Mas, o que eu queria, mesmo, era poder fazê-los de novo dormir no meu colo… Existem muitos jeitos de voar. até mesmo o voo dos filhos ocorre por etapas. O desmame, os primeiros passos, o primeiro dia na escola, a primeira dormida fora de casa, a primeira viagem… Desde o nascimento de nossos filhos temos a oportunidade de aprender sobre esse estranho movimento de ir e vir, segurar e soltar, acolher e libertar. Nem sempre percebemos que esses momentos tão singelos são pequenos ensinamentos sobre o exercício da liberdade. Mas chega um momento em que a realidade bate à porta e escancara novas verdades difíceis de encarar. É o grito da independência, a força da vida em movimento, o poder do tempo que tudo transforma. É quando nos damos conta de que nossos filhos cresceram e apesar de insistirmos em ocupar o lugar de destaque, eles sentem urgência de conquistar o mundo longe de nós. É chegado então o tempo de recolher nossas asas. Aprender a abraçar à distância, comemorar vitórias das quais não participamos diretamente, apoiar decisões que caminham para longe. Isso é amor. Rubem Alves — com Jociane Camargo

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

ESTAMOS TODOS NA FILA - REFLEXÃO

“A cada minuto alguém deixa esse mundo pra trás. Não sabemos quantas pessoas estão na nossa frente. Não dá pra voltar pro “fim da fila”. Não dá pra sair da fila. Nem evitar essa fila. Então, enquanto esperamos a nossa vez: Faça valer a pena cada momento vivido aqui na Terra. Tenha um propósito. Motive pessoas ! Elogie mais, critique menos. Faça um “ninguém” se sentir um alguém do seu lado. Faça alguém sorrir. Faça a diferença. Faça amor. Faça as pazes. Faça com que as pessoas se sintam amadas. Tenha tempo pra você. Faça pequenos momentos serem grandes. Faça tudo que tiver que fazer e vá além. Viva novas experiências. Prove novos sabores. Não tenha arrependimentos por ter tentado além do que devia, por ter valorizado alguém mais do que deveria, por ter feito mais ou menos do que podia. Tudo está no lugar certo. As coisas só acontecem quando têm que acontecer. Releve. Não guarde mágoas. Guarde apenas os aprendizados. Liberte o rancor. Transborde o amor. Doe amor. Ame, mesmo quem não merece. Ame, sem querer receber nada em troca. Ame, pelo simples fato de você vibrar amor e ser amor. Mas sempre, ame a si mesmo antes de qualquer coisa.” Esteja preparado para partir a qualquer momento. Você não sabe seu lugar na fila, então se prepare pra deixar aqui apenas boas lembranças. Suas mãos vão embora vazias. Não dá pra levar malas, nem bens... Se prepare DIARIAMENTE prá levar consigo, somente aquilo que tens guardado no coração.” Lya Luft

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

RESPEITO

“A religião natural da natureza é o ritmo de equilíbrio e ordem. Seus padrões e leis deveriam sustentar nossas vidas. Porém, de forma desrespeitosa, a interferência humana está produzindo desordem. O respeito pela natureza não deveria apenas vir do medo das consequências de não a tratarmos com respeito, mas da humildade que os seres humanos precisam para entender e aplicar. Humildade é a abertura para aprender. Ela nos torna flexíveis e sem ego. Ela nos faz entender que há leis maiores do que as leis feitas pelo homem. É bom admitir que não sabemos tudo, ainda há coisas para descobrir. Não podemos nos apropriar da Terra, do mar e do céu. Eles são nossos quando os respeitamos.” Brahma Kumaris