Há coisas na nossa vida que nos deixam felizes. Há outras que
com o tempo se revelam e só nos causam sofrimento. Há outras ainda que aos
poucos nos decepcionam, até ao ponto que o entusiasmo morre e aí já não
sentimos mais emoção. Os relacionamentos são assim, às vezes.
No início nos transmitem tanta coisa boa, tudo é perfeito, o
tratamento, o jeito de falar, de andar, de sorrir... o coração bate mais forte,
as pernas tremem. Com o tempo, com a visão do dia a dia, com a intimidade, as
pessoas já não parecem mais tão perfeitas para nós.
As amizades acabam, os namoros, os noivados, os casamentos
acabam, os encantos são quebrados, a mágica é descoberta e não conseguimos mais
enxergar as coisas boas que a outra pessoa tem.
Analisamos tudo por um prisma implacável que nos diz a pura
verdade: aquele sentimento profundo, a percepção e a intuição de que aquela
pessoa não tem mais lugar nas nossas vidas.
A vida é assim, encantamentos e decepções, amores e ilusões,
alegrias e tristezas, saudade e indiferença, satisfações e frustrações. A única
coisa que fica é a lembrança de momentos bons, de palavras de carinho, de um
olhar, de um sorriso, do toque da pele, do cheiro, do sentimento que se foi.
A única sobrevivente é a esperança de um dia encontrarmos tudo
isso novamente, e que dessa vez o encantamento dure muito, muito tempo em
nossas vidas.
Todos nós precisamos amar e ser amados, todos precisamos de
alguém que nos dê carinho. Que goste de nós verdadeiramente, sem querer nada em
troca, sem interesses escusos ou conveniências momentâneas.
Alguém que nos ame pelo que nós somos, com todos os defeitos,
com todas as virtudes. Pois todos nós precisamos ser felizes!
Desconheço o autor