quinta-feira, 2 de agosto de 2018

O JULGAMENTO - REFLEXÃO


Havia numa aldeia um velho muito pobre, mas até reis o invejavam, pois ele tinha um lindo cavalo branco…

Reis ofereciam quantias fabulosas pelo cavalo, mas o homem dizia:

– Este cavalo não é um cavalo para mim, é uma pessoa. E como se pode vender uma pessoa, um amigo?

O homem era pobre, mas jamais vendeu o cavalo. Numa manhã, descobriu que o cavalo não estava na cocheira. A aldeia inteira se reuniu, e disseram:

– Seu velho estúpido! Sabíamos que um dia o cavalo seria roubado. Teria sido melhor vendê-lo. Que desgraça.

O velho disse:

– Não cheguem a tanto. Simplesmente digam que o cavalo não está na cocheira. Este é o fato, o resto é julgamento. Se se trata de uma desgraça ou de uma bênção, não sei, porque este e apenas um julgamento. Quem pode saber o que vai se seguir?

As pessoas riram do velho. Elas sempre souberam que ele era um pouco louco. Mas, quinze dias depois, de repente, numa noite, o cavalo voltou. Ele não havia sido roubado, ele havia fugido para a floresta. E não apenas isso, ele trouxera uma dúzia de cavalos selvagens consigo.

Novamente, as pessoas se reuniram e disseram:

– Velho, você estava certo. Não se trata de uma desgraça, na verdade provou ser uma bênção.

O velho disse:

– Vocês estão se adiantando mais uma vez. Apenas digam que o cavalo está de volta… quem sabe se e uma bênção ou não? Este e apenas um fragmento. Você lê uma única palavra de uma sentença – como pode julgar todo o livro?

Desta vez, as pessoas não podiam dizer muito, mas interiormente sabiam que ele estava errado. Doze lindos cavalos tinham vindo…

O velho tinha um único filho, que começou a treinar os cavalos selvagens. Apenas uma semana mais tarde, ele caiu de um cavalo e fraturou as pernas. As pessoas se reuniram e, mais uma vez, julgaram. Elas disseram:

– Você tinha razão novamente. Foi uma desgraça. Seu único filho perdeu o uso das pernas, e na sua velhice ele era seu único amparo. Agora você está mais pobre do que nunca. O velho disse:

– Vocês estão obcecados por julgamento. Não se adiantem tanto. Digam apenas que meu filho fraturou as pernas. Ninguém sabe se isso é uma desgraça ou uma benção. A vida vem em fragmentos, mais que isso nunca é dado.

Aconteceu que, depois de algumas semanas, o pais entrou em guerra, e todos os jovens da aldeia foram forçados a se alistar.

Somente o filho do velho foi deixado para trás, pois se recuperava  das fraturas. A cidade inteira estava chorando, lamentando-se porque aquela era uma luta perdida e sabiam que a maior parte dos jovens jamais voltaria.

Eles vieram até o velho e disseram:

– Você tinha razão, velho – aquilo se revelou uma bênção. Seu filho pode estar aleijado, mas ainda está com você. Nossos filhos foram-se  para sempre. O velho disse:

– Vocês continuam julgando. Ninguém sabe! Digam apenas que seus filhos foram forçados a entrar para o exército e que meu filho não foi. Mas somente Deus sabe se isso é uma bênção ou uma desgraça. Não julgue, porque dessa maneira jamais se tornará um com a totalidade. Você ficará obcecado com fragmentos, pulará para as conclusões a partir de coisas pequenas.

Quando você julga você deixa de crescer. Julgamento significa um estado mental estagnado. E a mente deseja julgar, por estar em um processo que é sempre arriscado e desconfortável.

Na verdade, a jornada nunca chega ao fim. Um caminho termina e outro começa: uma porta se fecha, outra se abre. Você atinge um pico, sempre existirá um pico mais alto.  Aqueles que não julgam estão satisfeitos simplesmente em viver o momento presente e de nele crescer… somente eles são capazes de caminhar com Deus.

Na próxima vez que você for tirar alguma conclusão apressada sobre um assunto ou sobre uma pessoa, lembre-se desta mensagem.

Otimismo on-line.

terça-feira, 31 de julho de 2018

APRENDENDO A VIVER - REFLEXÃO

Assim eu vejo a vida

A vida tem duas faces:
Positiva e negativa
O passado foi duro
Mas deixou o seu legado
Saber viver é a grande sabedoria
Que eu possa dignificar
Minha condição de mulher,
Aceitar suas limitações
E me fazer pedra de segurança
Dos valores que vão desmoronando.
Nasci em tempos rudes
Aceitei contradições
Lutas e pedras
Como lições de vida
E delas me sirvo
Aprendi a viver.

( Cora Coralina )

segunda-feira, 30 de julho de 2018

POR QUE AS PESSOAS GRITAM?


Um dia, um pensador indiano fez a seguinte pergunta a seus discípulos: – Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?

 – Gritamos porque perdemos a calma, disse um deles.

– Mas, por que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado? – Questionou novamente o pensador.

 – Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça, retrucou outro discípulo. E o mestre volta a perguntar:

– Então não é possível falar-lhe em voz baixa? Várias outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador. Então ele esclareceu:

– Vocês sabem  porque se grita com uma pessoa quando se está aborrecida?

 Quando duas pessoas estão aborrecidas, seus corações se afastam muito. Para cobrir esta distância precisam gritar para poderem escutar-se mutuamente.  Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão que gritar para ouvir um ao outro, através da grande distância.

 Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão  apaixonadas.

Elas não gritam. Falam suavemente.  E por quê?

 Porque seus corações estão muito perto. A distância entre elas é pequena. Às vezes estão tão próximos seus corações, que nem falam, somente sussurram. E quando o amor é mais intenso, não necessitam sequer sussurrar, apenas se olham, e basta.
Seus corações se entendem

É isso que acontece quando duas pessoas que se amam estão próximas.

Por fim, o pensador conclui, dizendo:

– Quando vocês discutirem, não deixem  que seus corações se afastem, não digam palavras que os distanciem  mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta.

Desconheço o autor

domingo, 29 de julho de 2018

A RENOVAÇÃO DA ÁGUIA

A águia é a ave que possui a maior longevidade da espécie. Chega a viver 70 anos.

Mas para chegar a essa idade, aos 40 anos ela tem que tomar uma séria e difícil decisão.
Aos 40 anos ela está com:

– As unhas compridas e flexíveis, não consegue mais agarrar as suas presas das quais se alimenta.

– O bico alongado e pontiagudo se curva.

Apontando contra o peito estão as asas, envelhecidas e pesadas em função da grossura das penas e voar já é tão difícil! Então, a águia só tem duas alternativas:

Morrer Ou enfrentar um dolorido processo de renovação que irá durar 150 dias.

Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e se recolher em um ninho próximo a um paredão onde ela não necessite voar.

Então, após encontrar esse lugar, a águia começa a bater com o bico em uma parede até conseguir arrancá-lo.

Após arrancá-lo, espera nascer um novo bico, com o qual vai depois arrancar suas unhas.

Quando as novas unhas começam a nascer, ela passa a arrancar as velhas penas.

E só após cinco meses sai para o famoso voo de renovação e para viver então mais 30 anos.

Autor desconhecido