segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

AUTO REFLEXÃO



Há momentos na vida que tomamos decisões. As quais sequer sonhamos o que virá aflorar no futuro. Ai sim são momentos que muitas vezes por não ouvirmos e só deliberarmos, temos a sensação que quase sempre atiramos no próprio pé.

Momento em que acordamos do sonho e de maneira pragmática,
ensaiamos formas mais elementares. De começarmos a entender
que vivemos o mundo antiético, escuso onde as pessoas tratam melhor quem “Bem se Veste”.

Os valores humanísticos, quase sempre são substituídos por bens frívolos assim sendo, colocamos a cabeça no travesseiro e como a sentinela, assistimos o alvorecer.

Contudo, o amanhã nos permite outra vez sonhar e sonhar...
Sonhando buscamos alçar grandes voos, com perseverança, atingimos o cume. Mesmo ainda descrente do semelhante volto a sonhar. Pois tenho comigo a certeza de que decidi com razão mesmo que para sanar o coração. Doravante, tudo, tudo é receita...

Texto de Carlos Egberto Vital Pereira

domingo, 4 de fevereiro de 2018

ORAÇÃO PELA ESCOLA

Obrigado, Senhor, pela minha escola!

Ela tem muitos defeitos. Como todas as escolas têm. Ela tem problemas, e sempre terá. Quando alguns são solucionados, surgem outros, e a cada dia aparece uma nova preocupação.

Neste espaço sagrado, convivem pessoas muito diferentes. Os estudantes vêm de famílias diversas e carregam com eles sonhos e traumas próprios. Alguns são mais fechados. Outros gostam de aparecer. Todos são carentes. Carecem de atenção, de cuidado, de ternura.

Os professores são também diferentes. Há alguns bem jovens. Outros mais velhos. Falam coisas diferentes. Olham o mundo cada um à sua maneira. Alguns sabem o poder que têm. Outros parecem não se preocupar com isso. Não sabem que são líderes. São referenciais. Ou deveriam ser.

Funcionários. Pessoas tão queridas, que ouvem nossas lamentações. E que cuidam de nós. Estamos juntos todos os dias. Há dias mais quentes e outros mais frios. Há dias mais tranquilos e outros mais tumultuados. Há dias mais felizes e outros mais dolorosos. Mas estamos juntos.

E o que há de mais lindo em minha escola é que ela é acolhedora. É como se fosse uma grande mãe que nos abraçasse para nos liberar somente no dia em que estivéssemos preparados para voar. É isso. Ela nos ensina nossa vocação. O voo. Nascemos para voar, mas precisamos saber disso. E precisamos, ainda, de um impulso que nos lance para esse elevado destino.

Não precisamos de uma escola que nos traga todas as informações. O mundo já cumpre esse papel. Não precisamos de uma escola que nos transforme em máquinas, todas iguais. Não. Seria um crime reduzir o gigante que reside em nosso interior. Seria um crime esperar que o voo fosse sempre do mesmo tamanho, da mesma velocidade ou na mesma altura.

Minha escola é acolhedora. Nela vou permitindo que a semente se transforme em planta, em flor. Ou permitindo que a lagarta venha a se tornar borboleta. E sei que para isso não preciso de pressa. Se quiserem ajudar a lagarta a sair do casulo, talvez ela nunca tenha a chance de voar. Pode ser que ela ainda não esteja pronta.

Minha escola é acolhedora. Sei que não apreenderei tudo aqui. A vida é um constante aprendizado. Mas sei também que aqui sou feliz. Conheço cada canto desse espaço. As cores da parede. Os quadros. A quadra. A sala do diretor. A secretaria. A biblioteca. Já mudei de sala muitas vezes. Fui crescendo aqui. Conheço tudo. Passo tanto tempo neste lugar. Mas conheço mais. Conheço as pessoas. E cada uma delas se fez importante na minha vida. Na nossa vida.

E, nessa oração, eu Te peço, Senhor, por todos nós que aqui convivemos. Por esse espaço sagrado em que vamos nascendo a cada dia. Nascimento: a linda lição de Sócrates sobre a função de sua mãe, parteira. A parteira que não faz a criança porque ela já está pronta. A parteira que apenas ajuda a criança a vir ao mundo. E faz isso tantas vezes. E em todas as vezes fica feliz, porque cada nova vida é única e merece todo o cuidado.

Obrigado, Senhor, pela minha escola! Por tudo o que de nós nasceu e nasce nesse espaço. Aqui, posso Te dizer que sou feliz. E isso é o mais importante. Amém!

GABRIEL CHALITA

PARA REFLETIR


sábado, 3 de fevereiro de 2018

HISTÓRIA DO CARNAVAL E SUAS ORIGENS


Quadro de Johannes Lingelbach (1622-1674), Carnaval em Roma, exemplo de um carnaval da Commedia Dell'arte.

A história do carnaval tem suas origens na Antiguidade, sendo uma festa tradicional e popular que chegou ao Brasil durante a colonização.


O carnaval é a festa popular mais celebrada no Brasil e que, ao longo do tempo, tornou-se elemento da cultura nacional. Porém, o carnaval não é uma invenção brasileira nem tampouco realizada apenas neste país. A História do Carnaval remonta à Antiguidade, tanto na Mesopotâmia quanto na Grécia e em Roma.

A palavra carnaval é originária do latim, carnis levale, cujo significado é retirar a carne. O significado está relacionado com o jejum que deveria ser realizado durante a quaresma e também com o controle dos prazeres mundanos. Isso demonstra uma tentativa da Igreja Católica de enquadrar uma festa pagã.

Na antiga Babilônia, duas festas possivelmente originaram o que conhecemos como carnaval. As Saceias eram uma festa em que um prisioneiro assumia durante alguns dias a figura do rei, vestindo-se como ele, alimentando-se da mesma forma e dormindo com suas esposas. Ao final, o prisioneiro era chicoteado e depois enforcado ou empalado.

O outro rito era realizado pelo rei nos dias que antecediam o equinócio da primavera, período de comemoração do ano novo na região. O ritual ocorria no templo de Marduk, um dos primeiros deuses mesopotâmicos, onde o rei perdia seus emblemas de poder e era surrado na frente da estátua de Marduk. Essa humilhação servia para demonstrar a submissão do rei à divindade. Em seguida, ele novamente assumia o trono.

O que havia de comum nas duas festas e que está ligado ao carnaval era o caráter de subversão de papéis sociais: a transformação temporária do prisioneiro em rei e a humilhação do rei frente ao deus. Possivelmente a subversão de papeis sociais no carnaval, como os homens vestirem-se de mulheres e vice-versa, pode encontrar suas origens nessa tradição mesopotâmica.

As associações entre o carnaval e as orgias podem ainda se relacionar às festas de origem greco-romana, como os bacanais (festas dionisíacas, para os gregos). Seriam festas dedicadas ao deus do vinho, Baco (ou Dionísio, para os gregos), marcadas pela embriaguez e pela entrega aos prazeres da carne.

Havia ainda em Roma as Saturnálias e as Lupercálias. As primeiras ocorriam no solstício de inverno, em dezembro, e as segundas, em fevereiro, que seria o mês das divindades infernais, mas também das purificações. Tais festas duravam dias com comidas, bebidas e danças. Os papeis sociais também eram invertidos temporariamente, com os escravos colocando-se nos locais de seus senhores, e estes colocando-se no papel de escravos.

Mas tais festas eram pagãs. Com o fortalecimento de seu poder, a Igreja não via com bons olhos as festas. Nessa concepção do cristianismo, havia a crítica da inversão das posições sociais, pois, para a Igreja, ao inverter os papéis de cada um na sociedade, invertia-se também a relação entre Deus e o demônio.

A Igreja Católica buscou então enquadrar tais comemorações. A partir do século VIII, com a criação da quaresma, tais festas passaram a ser realizadas nos dias anteriores ao período religioso. A Igreja pretendia, dessa forma, manter uma data para as pessoas cometerem seus excessos, antes do período da severidade religiosa.

Durante os carnavais medievais por volta do século XI, no período fértil para a agricultura, homens jovens que se fantasiavam de mulheres saíam nas ruas e campos durante algumas noites. Diziam-se habitantes da fronteira do mundo dos vivos e dos mortos e invadiam os domicílios, com a aceitação dos que lá habitavam, fartando-se com comidas e bebidas, e também com os beijos das jovens das casas.

Durante o Renascimento, nas cidades italianas, surgia a commedia dell'arte, teatros improvisados cuja popularidade ocorreu até o século XVIII. Em Florença, canções foram criadas para acompanhar os desfiles, que contavam ainda com carros decorados, os trionfi. Em Roma e Veneza, os participantes usavam a bauta, uma capa com capuz negro que encobria ombros e cabeça, além de chapéus de três pontas e uma máscara branca.

A história do carnaval no Brasil iniciou-se no período colonial. Uma das primeiras manifestações carnavalescas foi o entrudo, uma festa de origem portuguesa que na colônia era praticada pelos escravos. Depois surgiram os cordões e ranchos, as festas de salão, os corsos e as escolas de samba. Afoxés, frevos e maracatus também passaram a fazer parte da tradição cultural carnavalesca brasileira. Marchinhas, sambas e outros gêneros musicais também foram incorporados à maior manifestação cultural do Brasil.
 

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

OS SONHOS - REFLEXÃO


Quando os nossos sonhos se acabam, fica um vazio imenso. Uma vontade de parar, de desistir de tudo. É um período difícil, em que os dias, as horas, e até os segundos são longos. Não conseguimos progredir. Falta vontade. Falta motivação.

Fechamos-nos para tudo e para todos como se nada importasse nada tivesse algum valor. Vamos nos destruindo pouco a pouco. Porque será que muitas coisas em que acreditamos chegam ao fim?

Acreditamos na felicidade eterna e, muitas vezes, ela não passa de um pequeno tempo. Tempo suficiente para deixar uma saudade infinita. Até que um dia um novo sonho começa a dar o ar da sua graça. Vem chegando de mansinho, tentando abrir os cadeados do coração.

Estamos trancados, com um enorme medo de sofrer de novo, mas mesmo assim, o novo sonho vem chegando, trazendo na mala, tudo de novo. E como todo novo sonho, é regado de novidades que fascinam, mexendo com emoções adormecidas. Trazendo de volta, a emoção de viver, amar, recomeçar!

Nessa hora, quando tudo ressurge, podemos avaliar melhor a vida. Temos que transformar cada pequeno instante, em grandes momentos. Eliminar tudo que maltrata o nosso corpo, o nosso espírito, e dar lugar somente ao que nos engrandece como verdadeiro ser humano filho de Deus!

E se os seus sonhos estiverem nas nuvens, não se preocupe, eles estão no lugar certo. Construa os alicerces, e SUBA! Nunca desista de ser feliz!

(Desconheço o autor)

quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

RECOMEÇAR - REFLEXÃO

Recomeçar é começar de novo. É jogar fora, destruir, remover tudo que não foi bom, que não valeu a pena, que foi feito errado, e com o que sobrou, reconstruir.

É fazer novas paredes, no lugar daquelas que os erros encheram de buracos e rachaduras. Até as mais pequenas  imperfeições no reboco tem que ser removidas, para que as novas estruturas possam ser sólidas.

Para recomeçar, é preciso ter em mente que tudo que é bom deve ser refeito, revivido. Portas de liberdade, janelas de confiança, assentadas sobre tijolos de verdade e justiça. No teto, uma laje de carinho e perdão, para que possamos ficar ao abrigo das tempestades que a vida fatalmente traz. No chão, um piso seguro e sólido, feito de companheirismo e compromisso, será a base para caminhar de mãos dadas.

Nada de querer aproveitar uma meio bancada, ou uma pintura esmaecida. Afinal, com a vida não se pode brincar. Lembrando apenas dos momentos em que os olhos falaram mais que as palavras, é preciso tomar o outro pela mão e trabalhar. É começar do zero, usando o único material que não se esgota. O amor.

(Autor desconhecido)