Cada um de nós caminha pela vida como
se fosse um viajante que percorre uma estrada.
Há os que veem margens floridas e os que somente enxergam
paisagens desertas.
Há os que pisam em macia grama e os que ferem os pés em pedras
pontudas e espinhos.
Há os que viajam em companhias amigas, assinaladas por risos e
alegria.
E há os que caminham com gente indiferente, egoísta e má.
Há os que caminham sozinhos – inclusive crianças – e os que vão
em grandes grupos.
Há os que viajam com pai e mãe. E os que estão apenas com os
irmãos. Há quem tenha por companhia marido ou esposa.
Muitos levam filhos. Outros carregam sobrinhos, primos, tios.
Alguns andam apenas com os amigos.
Há quem caminhe com os olhos cheios de lágrimas e há os que se
vão sorridentes.
Mas, mesmo os que riem, mais adiante poderão chorar. Nessa
estrada, nunca se conheceu alguém que a percorresse inteira sem derramar uma
lágrima.
Pela estrada dessa nossa vida, muitos caminham com seus próprios
pés. Outros são carregados por empregados ou parentes.
Muitos gostam de repartir o que têm.
Outros dão apenas o que lhes sobra. Mas muita gente da estrada nem olha para os
viajantes famintos.
Há pessoas que percorrem a estrada
sempre vestidas de seda e cobertas de joias. Outros vestem farrapos e seguem
descalços.
Há crianças, velhos, jovens e casais,
mas quase todos olham para lugares diferentes.
Entre os sonhadores há os que se
dedicam a dar água e pão, abrigo e remédio aos viajantes que precisam.
Há pessoas cultas na estrada e há
gente muito tola. Alguns sabem dizer coisas difíceis e outros nem sabem falar
direito. Em geral, os sabichões não gostam muito da companhia dos analfabetos.
É que na longa estrada da vida,
esquecemos que a estrada terá fim.
E, quando ela acabar, o que teremos?
Carregaremos, sim, a experiência
aprendida durante o tempo de estrada e estaremos muito mais sábios, porque
todas as outras pessoas que vimos no caminho nos ensinaram algo.
A estrada de nossa existência pode
ser bela, simples, rica, tortuosa. Seja como for, ela é o melhor caminho para o
nosso aprendizado.
Deus nos ofereceu essa estrada porque
nela se encontram as pessoas e situações mais adequadas para nós.
Assim, siga pela estrada ensolarada.
Procure ver mais flores. Valorize os companheiros de jornada, reparta as
provisões com quem tem fome.
E, sobretudo, não deixe de caminhar
feliz, com o coração em festa, agradecido a Deus por ter lhe dado a chance de
percorrer esse caminho de sabedoria.
(Desconheço o autor)
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