terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

EDUCAÇÃO - AUMENTA O NÚMERO DE PROFESSORES QUE ABANDONAM AS SALAS DE AULA

Série especial mostra a atual situação dos professores no Brasil. Déficit chega a 150 mil. Maioria troca salas de aula por outros empregos.

O Jornal Nacional começou a apresentar nesta segunda-feira (02), uma série especial de reportagens sobre a situação dos professores no Brasil.


É uma profissão que todo mundo elogia, todo mundo concorda que é fundamental, mas que tem despertado o interesse de um número cada vez menor de brasileiros. Os motivos disso estão em discussão na reportagem da Graziela Azevedo e do Ronaldo de Sousa.

O Brasil tem uma necessidade urgente na escola. O país tem uma promessa: "Nosso lema será: Brasil pátria educadora”, afirmou a presidente Dilma Rousseff no discurso de posse.

E um grande desafio: “O apagão já começou há muito tempo. O déficit de professores nas áreas de Química, Física, Matemática e Biologia é da ordem de 150 mil professores” conta o diretor do Instituto Ayrton Senna, Mozart Neves Ramos.

“Eu fiquei dois anos sem professor de Matemática. Na 5° e na 6° série. Então até hoje eu tenho muita dificuldade”, conta a estudante Larissa Souza.
“Fiquei trocando de professor de História na 8° série cinco vezes”, reclama um aluno.

Aqueles que poderiam ser futuros professores também estão sumindo dos cursos universitários de formação. 
Acontece nas faculdades particulares: “Na licenciatura de pedagogia, sempre no primeiro semestre é lotada. São 60, quase 70 alunos e vai diminuindo. O pessoal do 6°semestre, nós temos 10 alunos”, explica Carolina Gato, estudante de Matemática e Pedagogia.
 
Nas universidades públicas a desistência também é notória: “Porque as lacunas começam a aparecer, então coisas que deveriam ter aprendido no Ensino Médio não aprenderam e aí chega na hora da prova tira zero, tira 2 na prova. Vira uma bola de neve e abandona o curso”, conta Rebeca Omelczuck, estudante de Física.


Mas e quem ficou? Como estão os professores que levaram seus cursos até o fim e estão encarando as salas de aula?
É o que o Ministério Público quer descobrir. Em Novo Gama, município pobre e vizinho à Brasília, as promotoras de justiça mobilizaram mães, pais, servidores públicos e conselheiros da cidade para obter respostas.      
A auditoria cívica é o nome que o Ministério Público deu para o trabalho dos cidadãos que querem melhorar a educação na sua comunidade. Um trabalho que ao Jornal Nacional acompanhou.
Trazendo questionários e vontade de conhecer melhor as escolas públicas, eles se espalham. Parte da tarefa é conversar com os professores. As carências vão aparecendo.

“Falta tudo. Igual folha para tirar cópia para a prova, por exemplo. A gente tem que pedir para os meninos, tem que ir comprar. Chove e a sala fica praticamente alagada”, conta a professora Marta Costa Alves.
Uma realidade tão dolorida que as palavras começam a vir acompanhadas de lágrimas.

Marta Giovana Costa Alves, professora: Quando me deparei em uma sala de aula e vi as dificuldades ali eu não queria estar mais ali.
Jornal Nacional: Você se sente sozinha?
Marta: Nossa.
Assim, à flor da pele, a professora confessa não se sentir mais um modelo para os seus alunos.
Marta: A criança tem que olhar pra mim e ver em mim futuros, sonhos. E eu acredito que as crianças não estão conseguindo ver no professor mais isso.
Jornal Nacional: O que elas veem?
Marta: Um professor cansado, desmotivado, triste.
A entrevistadora, que também é professora, desaba junto.
Jornal Nacional: E a senhora chora por que?
Pesquisadora: Porque são 23 anos, quase aposentando, e as palavras dela são as minhas

Depois da entrevista, a professora Marta enxugou as lágrimas e voltou para a sala de aula, mas muita gente que se forma nem chega a entrar em uma. A desvalorização da profissão é o grande motivo. Para ganhar mais com menos estresse, os professores acabam fora das escolas.

A conclusão é de um pesquisador que cruzou os dados de vagas oferecidas e docentes formados ao longo de duas décadas. O levantamento mostrou que, com exceção da disciplina de Física, o número de docentes formados daria para atender a demanda no país.
“Não faltam professores formados, então o que está acontecendo é que essas pessoas se formam e ou não ingressam na profissão ou ingressam e se desestimulam e saem. Enquanto um professor formado em nível superior ganhar metade do que ganha um economista, do que ganha um advogado, do que ganha um jornalista, quer dizer, não tem como atrair a pessoa para a profissão”, afirma o pesquisador da USP Marcelino de Rezende Pinto.

Para o novo ministro da Educação a valorização do professor passa por aumento de salário.
“Se você não tiver salários com perspectiva de aumento de salário, você não vai ter as melhores vocações se dedicando ou escolhendo o magistério como sua profissão”, conclui o ministro da Educação Cid Gomes.
O piso da categoria para 40 horas por semana, passou este ano de R$ 1.617 para R$ 1.917. Mas, para a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, deveria ser de pelo menos R$ 2.900. Sem falar que nem todos os estados pagam o que a lei determina.

O resultado é o abandono da profissão. Oferta de emprego em empresas e bancos não falta.
“Eles vivem batendo na sua porta, oferecendo salários muito atraentes e que acabam levando muitos colegas da física para outras áreas”, conta o estudante de Física Carlos Otobone.

Mas é na sala de aula que os bons professores precisam estar. Disso ninguém tem dúvida.
“Temos que pensar de fato em uma política integrada que tem como elemento central o professor porque o pessoal discorda de tudo, mas há um consenso: o professor faz a diferença”, diz Marcelino.

Fonte: Jornal Nacional

 



ATENÇÃO PARA QUEM PRECISA TIRAR A CARTEIRA DE IDENTIDADE



Carteira de identidade poderá ser agendada pela internet
http://diariode.pe/2bp

A partir do dia 2 de fevereiro, quem quiser tirar carteira de identidade em Pernambuco poderá agendar o serviço pela internet. O cidadão deverá acessar o endereço
www.iitb.pe.gov.br/agendamento.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

OTIMISMO EM 2015


MENSAGEM DE AGRADECIMENTO



Eu hoje vim aqui falar com Deus. Não vim para pedir mas para agradecer pelo ano que passou e por tudo que passei: problemas, lutas, dor e alegria. Obrigado Senhor, pela vida, pelo meu trabalho, pela minha família e meus amigos.  Em tudo te dou graças. Pois sei que a recompensa virá no final.

Não quero me esquecer das bênçãos que tu me dás. E em todos dias meus, sempre irei te louvar. Eu sei que Deus me ama, eu sei que Deus me vê. Que tudo que acontece concorre pro meu bem. Que mesmo em meio ao sofrimento, eu posso ter esta certeza que Deus virá me socorrer. Também te agradeço pelos momentos felizes e pelos tristes também, pois na tristeza agente procura mais tua presença...

Obrigado Meu Deus pela tua grandeza, pelo seu amor incondicional. Obrigado pelo carinho, pelo cuidado com minha família, por nunca desistir de mim, por me amparar em meus momentos alegres e tristes.
Sei que nesse ano que iniciou, o Senhor irá continuar me abençoando e me iluminando em todos os meus atos, porque ele está presente em minha vida.