domingo, 1 de dezembro de 2013

REVISÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA




BÊNÇÃO

Numa reportagem, a palavra "benção" foi escrita sem o acento circunflexo. O jornalista justificou: consultei o dicionário; lá, é admitida a forma sem o acento. É verdade. Mas o assunto não acaba aí.

Os principais dicionários registram, sim, duas escritas para a palavra. Fazem, porém, uma ressalva: "benção" seria uma forma mais popular. O "Aurélio" (na versão eletrônica) diz mais: a grafia sem o circunflexo "seria a boa forma, mas hoje é só usada pelo povo".

Oficialmente, as duas são possíveis. Prefiro, no entanto, o uso de bênção. Levanto pelo menos três motivos:

1. o uso do circunflexo aproxima a grafia à forma como a palavra é pronunciada pela maioria das pessoas; 

2. é, de longe, a grafia mais conhecida e utilizada no país;

3. causa um estranhamento menor ao leitor.

Não há problema se a pessoa pronuncia a palavra como sendo oxítona, conforme indicam os dicionários. Seria adequado dentro da variante de fala utilizada por ela.

Por Thaís  Nicoleti
Fonte: UOL Educação



1º DE DEZEMBRO - DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A AIDS



SEJA BEM VINDO DEZEMBRO


sexta-feira, 29 de novembro de 2013

EDUCAÇÃO E HUMOR - PROFISSÃO PROFESSOR


EDUCAR SEM VIOLÊNCIA



Bater ou dialogar é uma discussão da nossa época. Quando meus avós eram crianças, o diálogo não existia da forma que existe hoje, mas ninguém precisava de um tapa  para aprender alguma coisa.

 Na verdade, o que valia era uma cara feia, um olhar sisudo mandando obedecer, porque os pais, agindo dessa maneira, ensinavam o respeito aos mais velhos, davam limites às crianças, afinal eram as autoridades da casa.

 Contudo, nos nossos dias, os tapas até estão virando motivo de deboche. Quem nunca viu uma criança dizendo: “Pode bater, que não dói”? Com tal provocação, os pais podem passar das contas e bater mais do que queriam.

 Há casos em que o descontrole emocional é tanto que o tapinha acaba em espancamento. Assim, os pais que batem e são revidados pelos filhos não são mais as autoridades da casa, mas, sim, os reais agressores.

Crianças e adolescentes não precisam de um tapa. Precisam de um “não” seguro e firme e de pais assertivos e carinhosos que lhes deem continência e limites, regras claras, que lhes digam “pode”, “não pode”, “está certo”, “está errado”. Mais do que tudo, eles precisam de palavras associadas a ações que lhes ensinem valores e atitudes, para que, a partir dessa aprendizagem, possam, sozinhos, fazer suas próprias escolhas.

Segundo a  psicóloga Jan Hunt, há relação direta entre o castigo corporal na infância e os comportamentos agressivos ou violentos na adolescência ou fase adulta. O castigo físico passa a mensagem injusta e nociva de que “o mais forte sempre tem razão” e de que é permitido ferir alguém, desde que esse alguém seja menor e menos poderoso.

Uma vez que as crianças aprendem pelo exemplo dos pais, o castigo físico ensina que bater é um modo correto de exprimir sentimentos e solucionar problemas. Se uma criança não vê seus pais resolverem dificuldades de um modo criativo, poderá utilizar a agressão como uma forma prática de superar os desafios cotidianos.

Por Grazielle Rocha França é psicóloga, especialista em Educação Infantil e Psicopedagoga.