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sábado, 30 de novembro de 2013
sexta-feira, 29 de novembro de 2013
EDUCAR SEM VIOLÊNCIA
Bater ou dialogar é uma discussão da nossa época. Quando meus
avós eram crianças, o diálogo não existia da forma que existe hoje, mas ninguém
precisava de um tapa para aprender
alguma coisa.
Na verdade, o que valia
era uma cara feia, um olhar sisudo mandando obedecer, porque os pais, agindo
dessa maneira, ensinavam o respeito aos mais velhos, davam limites às crianças,
afinal eram as autoridades da casa.
Contudo, nos nossos dias,
os tapas até estão virando motivo de deboche. Quem nunca viu uma criança
dizendo: “Pode bater, que não dói”? Com tal provocação, os pais podem passar
das contas e bater mais do que queriam.
Há casos em que o descontrole emocional
é tanto que o tapinha acaba em espancamento. Assim, os pais que batem e são
revidados pelos filhos não são mais as autoridades da casa, mas, sim, os reais
agressores.
Crianças e adolescentes não precisam de um tapa. Precisam de um “não” seguro e firme e de pais assertivos e carinhosos que lhes deem continência e limites, regras claras, que lhes digam “pode”, “não pode”, “está certo”, “está errado”. Mais do que tudo, eles precisam de palavras associadas a ações que lhes ensinem valores e atitudes, para que, a partir dessa aprendizagem, possam, sozinhos, fazer suas próprias escolhas.
Segundo a psicóloga Jan Hunt, há relação direta entre o castigo corporal na infância e os comportamentos agressivos ou violentos na adolescência ou fase adulta. O castigo físico passa a mensagem injusta e nociva de que “o mais forte sempre tem razão” e de que é permitido ferir alguém, desde que esse alguém seja menor e menos poderoso.
Uma vez que as crianças aprendem pelo exemplo dos pais, o castigo físico ensina que bater é um modo correto de exprimir sentimentos e solucionar problemas. Se uma criança não vê seus pais resolverem dificuldades de um modo criativo, poderá utilizar a agressão como uma forma prática de superar os desafios cotidianos.
Por Grazielle Rocha França é psicóloga, especialista em Educação Infantil e Psicopedagoga.
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
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