A sanfona, acordeom ou acordeão está para o
forró assim como a guitarra está para o rock. Símbolo de uma das mais
representativas manifestações populares do Nordeste brasileiro, o instrumento
ganha destaque em tempos de festas juninas, ainda que o espaço para o
pé-de-serra, onde ela é mais comumente utilizada,
esteja nos grandes palcos de Pernambuco e em outros estados da região.
Para satisfação dos que a admiram, o interesse em
torno da sanfona se renova por meio de jovens músicos. Indício de que a
tradição deve permanecer viva por muitos anos. Até festival de sanfoneiros é
realizado todos os anos em nossa região.
O acordeão começou a chegar ao país no século 19, trazidos por emigrantes europeus
. No Nordeste há evidências e registros de que os primeiros instrumentos
chegaram com colonos portugueses.
Muitos sanfoneiros de
nossa região são discípulos admiradores de Luiz Gonzaga e Dominguinhos, esses
artistas deixaram um legado riquíssimo para aqueles que desejam aprender a
profissão e fazer com que os mais novos vissem a sanfona como um instrumento
tão forte e atraente como a guitarra.
Outros grandes nomes de
sanfoneiros nordestinos que continuam fazendo sucesso: Genaro, Beto Hortis,
Sivuca (falecido em 2006), Arlindo dos Oito Baixos, Zezinho Calixto, Duda de
Passira, o caruaruense André Julião, Camarão e a paraibana Lucy Alves.
O ensino da sanfona em
Pernambuco e no Nordeste ainda se restringe, em grande parte, ao conteúdo
repassado pelos sanfoneiros mais velhos. No Recife, O Conservatório
Pernambucano de Música oferece o ensino técnico de acordeom. As aulas recomeçam
em agosto. Inscrições para esse e outros instrumentos podem ser feitas nos dias
25 e 26, por meio do site www.conservatorio.pe.gov.br.
Fonte: Diário de Pernambuco