Junho é o mês de São João, Santo Antônio e São Pedro. Por isso,
as festas que acontecem em todo o mês de junho são chamadas de "Festa
Joanina", especialmente em homenagem a São João.
O nome Joanina teve origem, segundo alguns historiadores, nos países europeus católicos no século IV. Quando chegou ao Brasil foi modificado para junina. Trazida pelos portugueses, logo foi incorporada aos costumes dos povos indígenas e negros.
O nome Joanina teve origem, segundo alguns historiadores, nos países europeus católicos no século IV. Quando chegou ao Brasil foi modificado para junina. Trazida pelos portugueses, logo foi incorporada aos costumes dos povos indígenas e negros.
No Nordeste do
país, existe uma tradição que manda que os festeiros visitem em grupos todas as
casas onde sejam bem-vindos levando alegria. Os donos das casas, em
contrapartida, mantêm uma mesa farta de bebidas e comidas típicas para servir
os grupos. Os festeiros acreditam que o costume é uma maneira de integrar as
pessoas da cidade. Essa tradição tem sido substituída por uma grande festa que
reúne toda a comunidade em volta dos palcos onde prevalecem os estilos
tradicionais e mecânicos do forró.
O Ciclo Junino é vivenciado no Brasil e
principalmente no Nordeste é um período de muita festa e alegria com fogueiras,
fogos, comidas típicas e muito forró pé - de – serra.
No Nordeste, as festas juninas estão diretamente vinculadas ao início da colheita
do milho e é sobre este alimento que se concentra toda a culinária de época. Por outro lado, a festa conserva rituais do
fogo, mais do que qualquer outra do nosso calendário. É na noite de São João
que se acendem fogueiras e soltam-se variados tipos de fogos.
Ciclo Junino: ocorre durante a cada ano no mês de
Junho, quando se homenageia Santo Antônio, São João e São Pedro. Manifesta-se
em praticamente todo o Estado. Destaque para Caruaru (A capital do forró)
Carpina, Limoeiro, Feira Nova, Petrolina, Paulista, Recife e Olinda e Campina
Grande na Paraíba (PB). É tempo de fogueira, de ruas enfeitadas de bandeirola e
balões, de fazer adivinhações, de soltar fogos, de apreciar bandas de pífano,
cantadores, acorda povo, bacamarteiros, violeiros, emboladores e de dançar
quadrilha, forró, ciranda, xote, xaxado, coco e Baião.
Para muitos estudiosos esse período se inicia em 19 de Março, dia
dedicado a São José e ao plantio do milho a base da culinária típica Junina com
muitas receitas de da água na boca. São feitas muitas rezas, promessas e
procissões para pedir um inverno chuvoso, tendo o pai adotivo do menino Jesus
como mediador.
Os principais santos do período
Junino são: Santo Antônio, São João e São Pedro.
Santo Antônio: (1195 – 1230 / Lisboa Pt – Pádua It) comemorado no dia 13 de Junho
sendo a véspera considerado o dia dos namorados, Conhecido como Santo
casamenteiro. Nos cultos afro-brasileiros é confundido com os orixás
guerreiros, Oxóssi e Ogum.
São João: (Também conhecido como João Batista) É comemorado no dia do seu
nascimento 24 de Junho filho de Zacarias e Isabel, prima de Maria mãe do filho
de Deus. Seu nascimento foi anunciado pelo Anjo Gabriel. Quando adulto pregava,
batizava no rio Jordão. Teve sua cabeça degolada. Nos cultos afro-brasileiros é
confundido com o orixá Xangô.
São Pedro: É festejado em 29 de Junho foi um dos doze apóstolos escolhidos por
Jesus para ser o fundador da Igreja Católica “ Segue-me e farei de ti pescador
de homens” Foi o primeiro Papa da Igreja Católica. Nasceu na Galileia foi
pescador conhecido também como Simão Pedro e Simão Barjona. Morreu crucificado,
pregado em uma cruz de cabeça para baixo. Nos cultos afro-brasileiros tem um
correspondente nos orixás Exu ou Legbá.
Tradições Juninas
A queima da fogueira: Para anunciar o nascimento de João
Batista. É uma pratica que polui o meio ambiente. Segundo a tradição ela deve
ser feita por sete anos consecutivos, pois quem falta a tradição corre o risco
de ficar doente ou até mesmo morrer. Elas são acesas as 16:00 horas nas
vésperas dos três grandes dias 13, 24 e 29 de Junho.
As Comidas Típicas: São alimentos feito principalmente
a base de milho e coco! Uma verdadeira delicia bem quentinhas.
Milho assado na fogueira, Pamonha (Doce e salgada), Canjica, Pé de
moleque, Bolo de milho, Bolo de mandioca, Cocada, Arroz doce, Queijo assado na
brasa, munguzá, milho cozido, quentão etc.
Fogos: Os meninos costumam soltar os mais
diversos fogos como: Estaque de sala, estrelinha, palito, peido de velha,
bomba, bomba cordão, vulcão... Eles produzem um espetáculo de cores luzes e
muito barulho! ATENÇÃO Os fogos
são muito perigosos quando mal utilizados podem causar queimaduras perda de
partes do corpo ou até mesmo a morte. Tomem cuidado ao usá-los! Respeitem as
residências com crianças novinhas e idosos.
Balões: Os balões fascinam muito as pessoas, são muito bonitos e coloridos mais
essa tradição é muito perigosa para o meio ambiente e as pessoas, pois pode
provocar muitos danos como: Incêndios em áreas urbanas, florestas, áreas
industriais, acidentes com aviões, carros etc.
OS BACARMATEIROS
Bacamarteiros: Essa tradição é decorrente da guerra
do Paraguai (1865) quando as descargas de artilharias das granadeiros eram
usadas para anunciar as vitórias ou assustar os inimigos. Posteriormente as
armas foram dotadas pelos cangaceiros e jagunço do sertão nordestino e, mas
tarde, incorporado ao folclore do ciclo Juninos e natalino, nas exibições coletivas.
Os atiradores de bacamarte, fardados, sob a direção de um comandante exibindo
com valentia, o poder de fogo de seus bacamartes (Arma de fogo de cano curto e largo).
Os Bacamarteiros: São constituídos da reunião de
atiradores de bacamarte sob a direção geral de um comandante, sendo divididos
em batalhões e que durante os festejos juninos e natalinos deflagram grandes
descargas de pólvora seca, em homenagem aos santos padroeiro. São acompanhados
por bandas de pífanos ou zabumbas, num ritual místico de grande efeito
pictórico.
Adivinhação
Os utensílios usados devem ser virgens (nunca usados) São feitas orações
(Sendo a principal Salve rainha) a partir das 16:00 horas na véspera do dia dos
três santos com o objetivo de vislumbrar o futuro.
PRINCIPAIS SIMPATIAS
- O pinga vela na bacia com água.
- Aliança com um fio de cabelo na borda de um copo com água.
- Seis pedacinhos de papel com o nome de seis rapazes debaixo do travesseiro.
- Colocar uma faca virgem na bananeira.
- Colocar o Santo Antônio de cabeça para baixo (Até arrumar marido)...
Banda de Pífanos: A Banda de Pífanos é um conjunto de
instrumentos de percussão e sopro tocados por um grupo de homens. Apresenta-se
tradicionalmente nas festas de ruas e nas cerimonias religiosas. É conhecida
também como cabaçal ou zabumba.
CASAMENTO MATUTO
O casamento matuto é uma representação em que crianças, adolescentes e jovens adultos, com
muita liberdade e malícia, debocham da instituição do casamento, da severidade
dos pais, do sexo pré-nupcial e suas consequências e do machismo. O enredo é
quase sempre o mesmo, com poucas variantes: os noivos tiveram relações sexuais
antes do casamento e a noiva quase sempre está grávida; os pais da noiva
obrigam o noivo a casar; este se recusa; é necessária a intervenção da polícia;
depois o casamento se realiza com o padre fazendo a parte religiosa e o juiz,
fazendo o casamento civil, sob as garantias do delegado e seus soldados. A
quadrilha é o baile de comemoração do casamento. O enredo é desenvolvido em
linguagem alegórica, satirizando a situação, carregando o sotaque do interior.
Quadrilha: Manifestação folclórica típica do ciclo junino. Dança-se em pares
formando duas alas. O primeiro par de cada ala representa o guia, aquele que
deve orientar os demais. Enquanto isso, o marcador vai anunciando os passos
(cuja terminologia básica teve origem nos salões aristocráticos da França), em
geral a o número de 30. Ao som de conjuntos regionais música da época, os
participantes dessa manifestação, vestido em “trajes matutos”, enchem de
alegria e beleza as noites pernambucanas.
O forró: É uma dança e também um estilo de música, muito predominante neste
período de festejos juninos. O Forró é um ritmo e dança
típicos da Região Nordeste do Brasil praticada nas festas juninas e outros eventos.
Conhecido e praticado em todo o Brasil, o forró é especialmente
popular nas cidades brasileiras de Campina Grande, Caruaru, Mossoró e Juazeiro do Norte, que sediam as maiores Festa de São João do país. Já nas capitais Aracaju, Fortaleza, João Pessoa, Natal, Maceió, Recife, e Teresina, são tradicionais as
festas e apresentações de bandas de forró em eventos privados que atraem
especialmente os jovens.
Fontes para pesquisar
Claudia Lima