Muito se fala sobre a possibilidade do fim do mundo na próxima
sexta-feira (21/12/12), data sempre anunciada como marco de desastrosas
previsões. Deixando de lado a crença ou não no prenunciado apocalipse,
percebe-se o despreparo, físico e emocional, dos pernambucanos (sintoma, na
verdade, de todo o país) para lidar com situações emergenciais ou inesperadas.
Uma das histórias que descrevem o fatidício dia 21 é a de que
três dias de escuridão tomariam a Terra, que, com o campo magnético afetado,
também ficaria sem energia elétrica. O cenário é semelhante ao “terceiro
segredo de Fátima do cristianismo católico. Cientificamente, a possibilidade
dessa realidade se apresenta nesta semana passa longe da verdade. “Não há
registro de qualquer cinturão, sombra ou planeta a se colocar entre a Terra e o
sol”, garante o astrônomo do Espaço Ciência, Antônio Carlos Miranda.
No entanto, vale a reflexão do quão preparados estamos para
situações fora da zona de conforto. E não precisa ir longe. Basta pensar em
possibilidades de incêndios, desabamentos, tremores de terra e tudo que poderia
nos surpreender, considerando as alterações climáticas que o planeta vem
sofrendo.
Segundo o astrólogo Eduardo
Maia, essa data indica apenas uma mudança de era. “Também não há qualquer
eclipse previsto para antes de 25 de abril de 2013”, afirma. O coordenador de
propulsão a jato da Nasa, Don Yeomans, compara o fim desse ciclo à última folha
do nosso calendário, 31 de dezembro, sendo virada. “Se houvesse planetas vindo
em nossa direção todos já saberiam e não há tempestades solares que possam nos
dizimar previstas”, garantiu, em vídeo divulgado pela instituição.
Mesmo assim, há quem tenha dúvidas.
(Diário de Pernambuco)