Sentir saudades do que não vivi, é viver com um "se"
atravessado no peito! Mas a verdade, é que a vida é cheia de "ses". E
cada "se" que encontramos, é uma estrada diferente que poderíamos
escolher para construir o nosso caminho.
Cada escolha que fazemos é um passo que damos na vida, é um
"se" que se torna um sim. Mas mesmo certo do caminho que percorri até
aqui, quando olho para trás, vejo paisagens por onde não passei. E é nessas
horas que me pergunto: será que esta foi a melhor escolha?
Começo a imaginar a minha vida toda diferente, e sinto saudades
do que não vivi, das travessias que não fiz. Sinto a nostalgia do tempo que
passou, e que não volta mais, e o peso de cada passo que dei.
Mas se sinto saudades do que não vivi, não é porque me arrependo
das escolhas que fiz. E sim porque lamento que a vida seja feita de uma estrada
de via única. Queria eu poder ir e voltar, quando bem entendesse!
O que me conforta é poder lembrar dos momentos felizes que vivi
com alegria, e das dificuldades e tristezas com mais sabedoria. E das saudades
que sinto do que não vivi, na minha cabeça transformo ficção. O "se"
encravado no peito, liberto com a imaginação, sem arrependimento ou amargura.
Sentir saudades do que não vivemos, é o preço que pagamos por
termos a liberdade de escolher o nosso próprio caminho. Mas em qualquer dos
casos, viver é sentir saudades!
Desconheço o autor